O Piauí vem registrando uma situação de alerta para os casos de covid-19 nas últimas, quando a taxa de positividade dos testes voltou a crescer e o número de internações decorrentes da doença voltou a se avolumar. Dados do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da UFPI (NESP), que balizam as ações do COE (Comitê de Operações Emergenciais), apontam que a quantidade de novos diagnósticos de covid-19 no Piauí voltou a aumentar na última semana epidemiológica.
Este é o quinto aumento consecutivo da taxa de positividade da doença no Estado, que chegou 13.03%, sendo considerada moderadamente alta segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças Norte-Americano, o CDC. Essa taxa de positividade já passa do que foi registrado no começo de março, quando o Piauí saía de um pico de covid.
Esse aumento vertiginoso de novos diagnósticos de contaminação pelo coronavírus elevou o índice iCovid do Piauí para 2. O iCovid é um índice formado pela média dos indicadores (positividade de testes, internações, novos casos diários e óbitos) onde o score baixo recebe 1 ponto, moderado recebe 2 pontos, moderadamente alto recebe 3 pontos e alto recebe 4 pontos. Este padrão adotado pelo NESP-UFPI permite ter uma visão mais global da situação de controle da pandemia no Estado.
No presente momento, com o iCovid do Piauí na casa dos 2 pontos, a situação da pandemia no Estado é de “cuidado” com necessidade de “melhorar o monitoramento”. A última vez que o Estado tinha registrado este patamar havia sido em 11 de março deste ano após o pico de casos no começo de janeiro.
Outro dado que também preocupa as autoridades em saúde é o da ocupação hospitalar em decorrência da covid-19. Os números divulgados pelo NESP apontam que no atual momento, a taxa de ocupação média de leitos nos hospitais, incluindo enfermarias e UTI’s, está em 45%. De acordo com os indicadores, essa média de ocupação é considerada moderada, mas gera um alerta.
Para o professor Emídio Matos, membro do NESP e do COE, os índices mais recentes da pandemia no Piauí mostram que há uma mudança de cenário epidemiológico no Estado. “Esse aumento da taxa de positividade e da taxa de ocupação hospitalar indicam a necessidade de adoção de medidas mais rígidas para o controle da pandemia no nosso estado, associadas aos esforços de ampliação da vacinação, sobretudo com as doses de reforço”, pontua o professor.
Fonte: O Dia