O ambientalista Dionísio Carvalho deu uma ‘mãozinha’ a um tatu-peba em meio à caatinga no Piauí. Ele avistou o animal entre as cidades de Buriti dos Montes e Castelo do Piauí, ao norte do estado, e parou para dar água mineral ao bicho.
“A gente viu o animal cruzando a estrada e fui lá. Ele estava muito cansado e dei água. O tatu bebeu e foi embora. Essa época é muito seca e qualquer tipo de queimada destrói completamente o habitat destes animais que sobrevivem dos alimentos que encontram na mata para tirar água como uma raiz, uma planta. Foi um momento único, incrível encontrar essa animal, poder dar água e ele seguir o caminho dele. Foi maravilhoso”, disse o ambientalista.
Após se refrescar, o bicho desaparece na mata seca.
Dionísio alerta para os prejuízos causados pela estiagem. O Piauí enfrenta temperaturas ainda maiores a partir do mês de setembro, quando o tempo fica ainda mais quente e aumenta o risco de queimadas.
“A floresta em pé, mesmo seca, tem o poder de alimentar os animais. Qualquer tipo de incêndio vai provocar uma alteração irreversível, principalmente, na caatinga. Fica também o alerta para não capturar o animal e levar para casa como se fosse pet. Animal silvestre tem que viver na floresta”, ressalta Carvalho.
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