O mês de setembro também é denominado de Setembro Dourado, em alusão a conscientização sobre o câncer infanto-juvenil. Em entrevista ao Boletim do Sertão, a nutricionista Ana Rafaela, que possui mestrado em Ciências e Saúde e tem experiência no tratamento de pacientes oncológicos, explicou que a maioria dos canceres diagnosticados em crianças e adolescentes ocorre por questões hereditárias, havendo uma mutação nas células saudáveis.
“A prevenção vem em forma de diagnóstico precoce, quanto mais cedo são diagnosticados os tumores, melhor será a resposta a esse tratamento, levando assim a cura desse paciente”, explicou a nutricionista.
Segundo Ana Rafaela, muitos tumores em sua fase inicial são assintomáticos, o que torna necessário a realização de consultas de rotina. Outros casos são sintomáticos, especialmente do sistema nervoso central, quem apresenta reações como crises convulsivas. Outros tipos de tumor apresentam perda de peso, apatia, fadiga, falta de ar, vômito, febre constante, vermelhidão.
“Nós temos também o retinoblastoma, que o diagnóstico dele não precisa de biopsia, são realizados os protocolos de exames; muitos pais conseguem observar em casa, foi o caso da filha de um apresentador – que foi da Globo -, a filha dele apresentava uma mancha no olho, é o caso do retinoblastoma”, alertou Ana Rafaela.
A nutricionista orienta os pais a sempre buscarem auxílio pediátrico ao constatarem mudanças na rotina dos filhos.
Ana Rafaela afirma que os responsáveis pelas crianças façam um acompanhamento multiprofissional para garantir o melhor desenvolvimento infantil. Em caso de tumores, recomenda-se a busca dos serviços de profissionais especialistas na saúde de crianças e adolescentes. “Quando se tem um diagnóstico, é repassado para um médico oncologista, que estará assim realizando o tratamento”, informou.
Outros profissionais também são necessários no tratamento oncológico, caso das nutricionistas oncológicas. “Trago aqui a minha área que é a nutrição oncológica, onde estaremos suprindo as necessidades nutricionais do paciente durante o tratamento, e crianças e adolescentes demandam uma atenção maior porque estão em fase de crescimento”, declarou.
Como o tratamento oncológico é caro, Ana Rafaela enfatiza que a maioria (não todos) dos tratamentos são disponibilizados pelo SUS.