A Secretaria Municipal de Educação realizou na manhã desta sexta-feira, 05, o II Simpósio de Educação Bilíngue para Todos. Libras: uma língua que se vê!. Segundo a Secretária de Educação de Picos, Noêmia Marques, o objetivo é promover a inclusão do público com deficiência auditiva no ensino básico de forma igualitária.
“O simpósio reforça a importância da inclusão das pessoas com alguma deficiência. É o momento de discutirmos políticas públicas existentes. É o momento em que as famílias estão presentes, os alunos estão presentes. É também o momento de colocarmos em execução uma Lei Municipal. Por isso, a realização desse simpósio”, destaca a gestora.
A professora e atuante na sala bilíngue, Benícia Lima, que também é mãe de aluno com deficiência auditiva, avalia que o maior desafio enfrentado pelos profissionais da educação no que se refere ao ensino de alunos com esse tipo de carência, diz respeito ao abismo existente na escolaridade entre alunos não deficientes e aqueles com alguma deficiência.
“Como eles não foram escolarizados na idade certa, eles têm dificuldades. Já os que iniciaram no início do projeto, estão adiantados. Eles não tiveram a libras quando eram pequenos, e agora eles têm essa dificuldade, mas têm aquela vontade de aprender, adquirir conhecimento na língua que lhes foi negada quando pequenos na escola”, pondera.
O professor e mestre, Edgar Farias de Gonçalves Júnior, foi o palestrante oficial do simpósio. O educador aponta que o sucesso de uma escola bilíngue, está em torno da ação dos governantes, quando da tomada de decisões.
“A gente consegue ter subsídios materiais e outros. A maioria dos municípios, de modo geral, não têm empatia com o surdo, por isso essa dificuldade de implantação desse sistema. É importante dizer que Picos está à frente dos outros municípios nesse sentido. Acredito que muito em breve, essa escola bilíngue vai ser uma realidade picoense”, avalia.
Os alunos participantes do II Simpósio de Educação Bilíngue para Todos. Libras: uma língua que se vê!, são oriundos da Rede Municipal de Ensino, sobretudo estudantes da escola Pe. Madeira. A referida escola já possui o projeto “Libras para Falar, Português para Escrever”, que é uma referência sobre ao assunto de inclusão de alunos com deficiência auditiva. Representantes de instituições educacionais picoenses também participaram do evento, como é o caso da Universidade RSÁ, UESPI e UFPI, além de familiares de alunos, entre outros.