Por: Rawena Sousa
A Secretaria de Saúde de Picos juntamente com o Posto de Assistência Médica (PAM), realizaram o encerramento da campanha Janeiro Roxo no município. A iniciativa é destinada ao combate e conscientização da hanseníase. Durante a semana foram realizadas várias ações e culminaram nesta sexta-feira, 27, na Unidade Básica de Saúde do bairro Boa Sorte onde voluntários realizaram exames visando identificar sintomas da doença.
A hanseníase é responsável por uma média considerada elevada para o município de Picos, tendo em vista uma população de 78 mil habitantes, onde a cada dez pessoas examinadas, sete testam positivo para a doença. De acordo com o coordenador de controle de hanseníase e tuberculose do município de Picos, Gilberto Valentim, essa média é preocupante, por se tratar de um mau que se espalha pelo contato direto.
“Nós temos 78 mil habitantes e tivemos 34 casos no ano passado. A hanseníase é uma doença de aglomeração. Onde tem muita gente reunida, existe a probabilidade de você pegar hanseníase. A prevenção está baseada na imunização com a vacina BCG e controle de contato”, alerta o gestor.
Em relação às mais variadas campanhas de conscientização e combate à hanseníase, o Janeiro Roxo figura entre as principais ações nesse sentido espalhadas pelo país. Desse modo, o município de Picos, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou diversos atos, como palestras, mesa redonda, roda de conversas, além de exames com voluntários.
O Brasil é o segundo país com o maior número de casos de hanseníase no mundo, perdendo apenas para a Índia. No Nordeste, o Piauí detém a marca de segundo lugar e o sétimo de toda a Federação, de acordo com dados do coordenador de controle de hanseníase e tuberculose do município de Picos, Gilberto Valentim. O gestor explica os principais sintomas da doença e incentiva a busca pelo atendimento.
“Se você apresenta sensação de ardência, queimação, formigamento, áreas de pele ressecada e que não suam, dormência nas mãos e pés, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, alteração de sensibilidade, procure o serviço de saúde pois pode ser hanseníase”, adverte.
REDE MUNICIPAL DE SAÚDE
A Rede Municipal de Saúde disponibiliza toda uma estrutura física e profissional, no que se refere ao atendimento, diagnóstico e prognóstico relacionados à hanseníase. Segundo a enfermeira Camila Magalhães, o tratamento é gratuito e sigiloso.
“Assim que é feito o diagnóstico, inicia-se o tratamento no PAM e depois é encaminhado ao Posto de Saúde para a continuação na unidade básica. O tratamento é via oral e gratuito. A gente faz a entrega do medicamento aqui no município. Todos os Postos de Saúde estão habilitados a realizar o diagnóstico e o tratamento”, sublinha Camila Magalhães.
A HANSENÍASE
A hanseníase é uma doença infecto contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen, que ataca a pele e os nervos periféricos. Alguns sintomas da enfermidade são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com perda da sensibilidade nos locais afetados, dor neural, principalmente nos nervos dos braços e pernas. Pessoas de todas as idades podem ser acometidas pela hanseníase, por isso a necessidade de atenção quanto aos sintomas é importante, para que haja o acompanhamento adequado, bem como o tratamento eficaz da doença.
COMBATE E PREVENÇÃO
A transmissão da hanseníase ocorre por meio de gotículas de saliva expelidas na fala, tosse ou espirro de indivíduos acometidos pela bactéria e que não estão em tratamento ativo da doença. O diagnóstico precoce da doença é de total importância para que não haja sequelas no paciente, além de diminuir a linha de contágio.
CCOM – PMP