Por Daniela Pereira/Estagiária
O Maio Laranja, cuja culminância acontece no dia 18, é um mês escolhido para tratar sobre o Enfretamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. A data faz alusão ao “Caso Araceli”, a menina de 8 anos que foi raptada, drogada, violentada fisicamente e sexualmente e depois assassinada, na cidade de Vitória, capital do Espirito Santo, em 18 de maio de 1973.
O Boletim do Sertão conversou com a assistente social e professora do curso de Serviço Social da Faculdade R.Sá, Márcia Araújo Batista, sobre a importância da campanha e como está sendo desenvolvida este ano, pois a população deve ser alertada sobre a gravidade da violência sexual contra crianças e adolescentes.
“No contexto da pandemia tem se agravado a situação de violência sexual contra crianças e adolescentes, uma violência que é cometida na maioria das vezes, intrafamiliar, vizinhos, pessoas que tem contato com as crianças, que ganham a confiança delas, pois é visto que neste contexto da pandemia tem se enfatizado vários casos de violências, não só de crianças e adolescentes, então é importante destacar essa campanha”, aponta.
Em Santo Antônio de Lisboa e no Geminiano, cidades onde Marcia trabalha como assistente social, ontem (18), a temática foi trabalhada de forma diferente.
Como os casos de Covid-19 estão atos em Santo Antônio, foi trabalhada a campanha de forma remota, com publicações nas redes sociais e teve um momento com a equipe, onde foram fixados cartazes e elaborado um jardim com flores amarelas e laranjas, na praça da cidade, de acordo com o tema da campanha.
Já no Geminiano, os casos de coronavírus estão baixos, então a campanha por lá foi de forma presencial, com adolescentes da rede pública de ensino. Houve palestra sobre a temática, com a apresentação da assistente social Márcia e também com o Conselho Tutelar, pois a ideia era de orientar os adolescentes sobre a campanha.
Instituição
A Campanha Maio Laranja foi instruída pela Lei 9.970/2000, após o caso da menina Araceli, que chamou a atenção para o combate ao abuso e exploração comercial de crianças e adolescente no Brasil. Pois é visto banalidade de casos similares acontecendo ainda nos dias de hoje.