Por Dalila Pereira/Estagiária
Com as novas medidas impostas pelo decreto 67/2020 que reabriu o comércio na manhã da segunda-feira (08), ficou determinado que alguns estabelecimentos funcionassem durante o período de seis horas, outros no período de oito horas e por dias alternados. A decisão do prefeito Pe. Walmir Lima (PT) levantou questionamentos e dividiu opiniões entre a população. Alguns se disseram favoráveis, outros se posicionaram contra a medida.
O acadêmico de direito Domingos Sávio Rodrigues de Araújo Leite não é de acordo com a reabertura do comércio, para ele, não há uma conscientização coletiva sobre o comportamento das pessoas diante da situação do novo coronavírus que ainda se encontra em estado crítico.
“Não concordo porque a princípio não temos uma conscientização coletiva de como se comportar nesse período de pandemia. A saúde ainda está vivendo muita instabilidade e se tratando de Picos, que é uma cidade polo para várias cidades da macrorregião, hoje nós não temos um aporte nos leitos destinados a Covid-19, capaz de suportar uma possível demanda, por isso não é o momento, principalmente pela carência de uma estruturação maior no sistema de saúde. O comércio sendo aberto, apesar que de forma lenta e gradual, não irá possibilitar um fluxo de pessoas somente da cidade de Picos, vai atrair pessoas dos outros municípios, entrando e saindo, o que é muito provável de aumentar a transmissão do vírus”, menciona o acadêmico de direito.
Em contrapartida, a nutricionista Rita de Cássia, se diz a favor da reabertura das atividades comerciais. Segundo ela, não haverá perigo de transmissão com as pessoas seguindo as orientações recomentadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Na minha opinião o comércio aberto é menos perigoso haver transmissão por contato. Porque geralmente as lojas não têm aglomerações de pessoas. Já os bancos, tem muita aglomeração. O comércio aberto e tomando todas as medidas de segurança imposta pela OMS, não tem problema nenhum na minha opinião. Sem falar que os donos de lojas e os funcionários necessitam do comércio aberto para seu próprio sustento, por isso precisam voltar a funcionar. Não tem como manter pontos comerciais sem estar vendendo”, declara a nutricionista.