Grande nome da paracanoagem brasileira, o picoense Luís Carlos Cardoso – prata em Tóquio 2020 e atual medalha de bronze mundial – conquistou a medalha de ouro na categoria KL1 200m na Copa Brasil de Paracanoagem, em Brasília, no DF, no último fim de semana. A vitória faz de Luís o representante do Brasil em Paris 2024, já que ele mesmo conquistou a vaga não nominal a que o país tem direito para disputar essa classe. O atleta deixou Luciano Lima, do Distrito Federal, com a prata.
Primeiro campeonato oficial do ano, a Copa Brasil de Paracanoagem reuniu 73 atletas representantes de 16 associações de sete estados brasileiros. O torneio contou pontos para o ranking nacional, e classificou os dois primeiros colocados de cada categoria para o Campeonato Mundial, que será realizado em Szeged, na Hungria, de 9 a 11 de maio, país em que serão definidos os classificados para Paris 2024, de acordo com a posição no ranking mundial. Porém Luís Carlos já conquistou o feito.
As provas de paracanoagem nas Paralimpíadas de Paris devem realizadas de 6 e 8 de setembro. O Brasil já tem quatro vagas asseguradas: KL1 e VL2 masculino e VL2 e VL3 feminino.
Biografia do atleta
Luís Carlos Cardoso é natural de Picos e tem formação em Psicologia, mas se encontrou na canoagem. Em 2009, ele perdeu os movimentos das pernas após contrair uma esquistossomose, doença transmitida por vermes parasitas de água doce. Luís também foi dançarino de forró por dois anos e trabalhou na banda do cantor Frank Aguiar.
Sobre a paracanoagem
A paracanoagem, modalidade disputada em águas calmas e ambientes abertos, é caracterizada pela competição em provas de 200 metros nas classes L1, L2 e L3, seguindo o sistema de classificação esportiva paralímpica. Na categoria kayak, a designação é ampliada com a adição da letra “K”, resultando nas classes KL1, KL2 e KL3. Já para a canoa Va’a, também conhecida como canoa havaiana, a letra “V” é incorporada, originando as classes VL1, VL2 e VL3.
A classificação dos atletas em suas respectivas categorias é determinada pela capacidade de utilizar o tronco, os braços e as pernas na remada, promovendo uma competição justa e inclusiva. O cenário de águas calmas oferece o ambiente ideal para a prática desse esporte, no qual os competidores enfrentam desafios e buscam o alto rendimento dentro de suas capacidades físicas.
Fonte: O Dia