O Governo do Piauí afirma que triplicou o número de leitos de UTI nos hospitais regionais do estado. Segundo a Secretaria de Saúde essa ação realizada desde o início da pandemia, teria impedido o colapso da rede nos municípios mais distantes de Teresina.
Em abril, no início da pandemia, as unidades de saúde do interior do Piauí tinham 38 leitos de UTI. Agora, o número é mais de 3 vezes maior: 132. A Secretaria de Saúde também ampliou a quantidade de leitos de estabilização na rede do interior: 26 no começo da crise e 40 atualmente. As unidades de leitos clínicos subiram de 290 para 438.
De acordo com o governo, o aumento do número de eitos de UTI evita que pacientes em estado mais grave ficassem sem atendimento. O estado afirma que o número maior de óbitos pelo coronavírus se concentra na capital e não no interior.
A secretaria afirma que desde o início da pandemia, 52,5% (698), das 1.329 mortes da doença foram de residentes na capital. Teresina concentra 26% do total de piauienses. Já o interior, que concentra 74% da população, os óbitos foram de 47,5% (631).
O prefeito Firmino Filho (PSDB) demonstra preocupação com a possibilidade do aumento da vinda de pacientes do interior para Teresina. Segundo modelo matemático que avalia o comportamento do vírus no estado, o pico da doença no interior ocorreu no final de julho. Com isso, o aumento da procura por leitos será na primeira semana de agosto.
Na apresentação dos dados da pesquisa sorológica de Teresina, ele chegou a dizer que houve um aumento da ocupação de UTIs na capital. O motivo seria a vinda de pacientes do interior.
“Acreditamos que a principal causa é o aumento da vinda de pacientes do interior para a capital”, disse.
Segundo o governo, os leitos foram distribuídos por unidades longe da capital, considerando longas distâncias entre os municípios do Piauí. Assim, polos como Floriano, Picos, Parnaíba, Piripiri ganharam novas UTIs, atendendo os pacientes das cidades da região. O reforço na capacidade de atendimento do interior permite que os pacientes mais graves sejam socorridos de forma mais rápida, reduzindo os riscos de vida.
Teresina também recebeu investimentos na rede de saúde estadual. Hoje, a capital piauiense tem, sob gestão do Governo do Estado, 59 leitos de UTI a mais do que no início da pandemia.
Lídia Brito
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