A falta de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) preocupa não só quem trafega pelas rodovias do Piauí, como também o efetivo da corporação. De acordo com o inspetor Segundo, do Núcleo de Segurança Viária da PRF-PI, a instituição conta hoje com menos de 300 agentes efetivos para fiscalizar quase 3 mil quilômetros de estradas.
Recentemente, a PRF-PI divulgou um levantamento que aponta crescimento no número de ocorrências por embriaguez ao volante no Estado. De janeiro a julho deste ano, 145 pessoas foram presas nestas condições . Com baixo efetivo, o inspetor confessa que a fiscalização para inibir esse tipo de crime, assim como outras infrações, fica comprometida.
“A PRF sempre vai necessitar de efetivo. Acredito que hoje a fiscalização ainda é insuficiente para que a gente consiga efetivamente inibir crimes como o de embriaguez ao volante, por exemplo. A gente tem quase 3 mil quilômetros de rodovias no Piauí e não temos postos em toda essa circunscrição. Então fica muito mais difícil com o efetivo atual a gente trabalhar, principalmente esse combate à ingestão de bebidas alcoólicas”, explica.
Por outro lado, o inspetor Segundo ressalta que a PRF possui parcerias com outros órgãos de segurança para reforçar a fiscalização em relação à criminalidade e também para monitorar o trânsito no dia a dia. “O que a gente faz, quando possível, em algumas situações, são as parcerias com outros órgãos de trânsito. A capital Teresina, por exemplo, também trabalha com as mesmas nuances da fiscalização. Alguns órgãos até usam os nossos aparelhos para sua fiscalização para que juntos tentemos minimizar os efeitos dos acidentes. A parceria é fundamental e é um combate diário”, disse.
Sobre o efetivo, Segundo esclarece que hoje são menos de 300 agentes nas rodovias, pois parte do efetivo atua no serviço administrativo da instituição. “O efetivo da PRF hoje é de pouco mais de 300 policiais, mas esse número acaba sendo menor porque temos alguns agentes que trabalham no serviço administrativo e além de termos as escalas de serviço. As atribuições da PRF são enormes e o efetivo é pequeno para que a gente dê atendimento. Então, nós acabamos não tendo a capacidade logística suficiente para fazer todo o tipo de atendimento que gostaríamos e que a sociedade merece”, finaliza.
Embriaguez ao volante
Por fim, para evitar acidentes nas estradas, o inspetor Segundo faz orientações aos condutores. Ele pede que os motoristas de caminhão respeitem o limite máximo de velocidade nas BRs, sendo de 80 km/h com tolerância de até 90 km/h; já para os carros de passeio a orientação de limite é de 110 km/h. “O motorista só será notificado se estiver acima disso”, completa.
“Em relação à embriaguez, o limite máximo é de 0,33 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Já a velocidade é um componente explosivo para a contabilização dos acidentes”, finaliza o inspetor da PRF.
Fonte: portalodia.com