O índice significa que aproximadamente 767 mil pessoas são subutilizadas. Desse total, 195 mil são de pessoas desocupadas (“desempregadas”), 292 mil são subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas (trabalham menos de 40 horas semanais) e mais 280 mil pessoas estão na força de trabalho potencial (gostariam de ter uma ocupação, mas não puderam buscá-la no mercado de trabalho). A pesquisa aponta ainda que 14,3% das pessoas fora da força de trabalho no Piauí estão em situação de desalento (não buscam mais emprego). Isso equivale a 169 mil pessoas. O indicador é o quarto maior do país, atrás do Maranhão (20,2%), da Bahia (15,5%) e de Alagoas (15,5%).
Confira outros indicadores da pesquisa do IBGE.
• Empregos formais e informais: No 1º trimestre de 2020 houve uma redução de 58 mil empregos (formais e informais) no Piauí, o que representou uma queda de 7,8% em relação ao trimestre anterior. A maior redução foi no setor privado (31 mil postos a menos), onde 35% desses postos de trabalho eram com carteira assinada e 65% sem carteira assinada.
• Desemprego: A taxa de desemprego foi de 13,7%, pouco acima da registrada no último trimestre de 2019, quando atingiu 13%. O número de pessoas desempregadas no Piauí foi de cerca de 195 mil pessoas.
• Ocupação por setores: no Piauí, o destaque da ocupação por atividade econômica ficou por conta dos seguintes setores:
– Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: redução de 19 mil postos de trabalho, cerca de 8,5% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao 1º trimestre de 2019, são 62 mil postos de trabalho, queda 23,3%.
– Administração pública, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: redução de 20 mil postos de trabalho, cerca de 7,8% em relação ao trimestre anterior.
– Construção civil: são 15 mil postos de trabalho a menos, perda de 15,1% em relação ao trimestre anterior.
– Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas: um dos poucos setores que apresentou aumento de postos de trabalho, com 22 mil novas ocupações, uma elevação de 8,3% em relação ao trimestre anterior.
No Piauí, 58,8% das pessoas trabalham na informalidade
No primeiro trimestre de 2020, a taxa de informalidade do Piauí ficou em 58,8%, a quarta maior do país, atrás apenas do Pará (61,4%), do Maranhão (61,2%) e do Amazonas (58,9%). O estado com a menor taxa de informalidade foi Santa Catarina, com 26,6%. No Brasil, a média de informalidade ficou em 39,9%. A informalidade no Piauí representa 725 mil pessoas, com a seguinte distribuição: 344 mil pessoas que trabalham por conta própria sem registro no CNPJ; 189 mil pessoas empregadas no setor privado da economia sem carteira de trabalho assinada; 96 mil pessoas que trabalham auxiliando na família; 76 mil pessoas empregadas em atividades domésticas sem carteira assinada e 20 mil pessoas na condição de “empregador” sem registro no CNPJ.
Confira outros dados da pesquisa:
• Rendimento médio real cai 10,5%: O rendimento médio dos trabalhadores no Piauí ficou em R$ 1.401,00 no 1º trimestre de 2020, redução de 10,5% em relação ao mesmo trimestre de 2019, que foi de R$ 1.565,00.
• Desempregados entre jovens: a maior parte dos desempregados no Piauí, no 1º trimestre de 2020 tinha entre 25 a 39 anos, representando 35,9% do total (aproximadamente 70 mil pessoas). Na sequência, vinha o grupo de 18 a 24 anos, com 30,7% (60 mil pessoas).
Fonte: cidadeverde.com