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Piauí bate recorde e registra maior produção de mel da história com 6,8 toneladas

Foto: Maria Eugênia Ribeiro/Embrapa

O estado do Piauí bateu recorde e registrou em 2021 a maior produção de mel da história com 6,8 toneladas, segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nessa quinta-feira (22). O levantamento considera a produção anual do estado deste 1974.

De acordo com o IBGE, a produção de mel do Piauí cresceu 21,2% em um ano, passando de 5,6 mil toneladas em 2020 para 6,8 mil em 2021, acréscimo de aproximadamente 1,2 mil toneladas. Considerando desde o início da pesquisa, em 1974, o aumento foi de 3.761%, já que foram produzidas apenas 178 toneladas naquele ano.

Já o município que se destacou na produção do mel foi São Raimundo Nonato com 575 toneladas, o que corresponde a 8,3% do total gerado no estado. Em segundo lugar ficou a cidade de Picos com 486 toneladas. Ao todo, 136 cidades piauienses registraram produção de mel no ano passado

São Raimundo Nonato também foi o 9º maior produtor do país e o único município piauiense a integrar a lista dos dez maiores produtores. Em primeiro lugar, está a cidade de Arapoti (PR), com 925 toneladas. O município de Picos, que costumava estar entre os dez principais produtores do Brasil, caiu para a 11ª posição em 2021, tendo registrado produção de 486 toneladas.

Em 2021, o Piauí foi o terceiro maior produtor de mel do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul e do Paraná. Os estados sulistas produziram 9,2 mil e 8,4 mil toneladas, representando 16,5% e 15,1% do total gerado no Brasil, respectivamente. A quantidade produzida no Piauí corresponde a 12,3% do total do país.

Queda na produção de peixes

A PPM mostrou ainda que entre 2020 e 2021, o Piauí registrou queda de 13% na produção da piscicultura. O estado gerou 12 mil toneladas de peixes em 2020, volume que caiu para 10 mil toneladas em 2021.

Sobre a justificativa dessa queda, o levantamento aponta que se deve à redução na produção de 85,6% na produção da categoria de “outros peixes”.

“Um grande piscicultor produziu bastante Panga em 2020, mas, acredito que por questões de mercado, ele voltou às práticas mais comuns no Piauí, ou seja, produção de Tilápia e Tambaqui”, explica o supervisor de Pesquisas Agropecuárias da Superintendência do IBGE no Piauí, Pedro Andrade.

Quase todas as categorias de peixes tiveram redução no volume produzido em 2021:

A produção de Tucunaré caiu 85,1%;
Traíra e trairão reduziu 84,9%;
Piau, piapara, piaçu, piava diminuiu 48,2%;
Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim registrou queda de 24,6%;
Curimatã, curimbatá teve redução de 18,1%;
Tilápia caiu 7,5% e Tambaqui diminuiu 6,2%.
Somente tiveram acréscimos entre 2020 e 2021: Tambacu e tambatinga, com aumento de 3,5% e Carpa, cujo volume cresceu 58,7%.

Redução do rebanho equino

Outro setor que também teve queda no Piauí foi o de rebanho equino. Em 2011, o estado possuía 109 mil cabeças de equino, número que diminuiu para 63 mil em 2021. A redução foi de 42,6% no período como detalha o levantamento do IBGE.

”A acentuada redução verificada no período de 2011 a 2021 foi provocada pela desvalorização destes animais, diante da baixa utilização como força auxiliar nos trabalhos de campo. Apesar disso, ainda há a manutenção de parte deste plantel como animais para atividades esportivas, bem como por hobby e tradição dos pecuaristas”, justifica o supervisor de Pesquisas Agropecuárias da Superintendência do IBGE no Piauí, Pedro Andrade.

O rebanho equino foi o que sofreu maior redução no período, mas não foi o único. A quantidade de codornas do Piauí também teve queda significativa, de 29,8%, passando de 21 mil cabeças em 2011 para 14 mil cabeças em 2021. Outros rebanhos com queda entre 2011 e 2021 foram: bubalino (-16,9%), caindo de 657 para 546 cabeças; e bovino (-15,8%), que diminuiu de 1,6 milhão para 1,4 milhão de cabeças.

Por outro lado, o rebanho de caprinos do Piauí cresceu 40,8% no período de 2011 a 2021, subindo de 1,3 milhão para 1,9 milhão de cabeças. Também aumentou a quantidade de ovinos, passando de 1,3 milhão para 1,7 milhão de cabeças, acréscimo de 24,3%. Teve aumento ainda o número de galináceos, de 9,7 milhões para 11,1 milhões, o que representa 14,3% a mais. E o rebanho de suínos teve acréscimo de 13,6%, saindo de 935 mil para cerca de 1 milhão de cabeças.

Rebeca Lima (Com informações do IBGE)
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