DestaquesGERAL

Pesquisa aponta que picoense está se informando mais pelo WhatsApp; professora analisa dados

A pesquisa do Instituto Idealize divulgada nesta quarta-feira (23) procurou saber outros dados além das intensões de voto dos eleitores picoenses. Os escrutinadores indagaram as pessoas sobre qual o principal meio de comunicação que elas utilizam para se informar. Enquanto a TV aparece em primeiro lugar, com 31,50%, o WhatsApp vem logo em seguida, com 18,50%, mostrando o crescimento e a importância dessa rede social nos dias atuais.

Os portais de notícias, muito presentes na região de Picos, ficaram em terceiro lugar nas respostas dos entrevistados, com 17,25%; o rádio vem em quarto lugar, com 14,50%; o Facebook aparece em quinto lugar, com 7,50% e o Instagram vem em sexto, com 6,75%. Pelo menos 4% dos entrevistados responderam que não se informam por nenhum desses meios.

Dados da pesquisa

O crescimento do WhatsApp como ferramenta de informação, bem como a presença do Facebook e Instagram revelam a presença marcante das redes sociais nas nossas vidas. Não é atoa que as pessoas caminham pela rua com as cabeças baixas olhando os aparelhos. E isso revela outro perigo, as “fake news”, que trazem enorme prejuízo a todos.

Sobre o assunto conversamos com a jornalista e professora de jornalismo da Faculdade R.Sá, Ruthy Costa, que estuda o fenômeno das “fake news”. Ela se disse preocupada com os dados, uma vez que a internet é um ambiente favorável a divulgação de mentiras, contribuindo para a desinformação da sociedade, com destaque para o período pré-eleitoral que vivemos.

“Trazendo para o contexto eleitoral, o WhatsApp se torna um vetor de desinformação sobre os candidatos e isso compromete o processo eleitoral, acarretando danos sérios no pós-eleição. Nosso exemplo mais nítido e recente é a última eleição para presidente do país. Se por um lado as redes sociais na internet facilitam as trocas de informações, por outro, elas facilitam a propagação de conteúdos produzidos de forma irresponsável com a intenção proposital de espalhar mentiras”, explicou.

Ruthy Costa. Foto: arquivo da entrevistada

A professora salienta os males que as “fake news” podem provocar e a necessidade da checagem constante pelos internautas, evitando prejudicar alguém ou até responder judicialmente.

“O boato sempre existiu, agora com as redes sociais na internet eles se potencializam. As mentiras que circulam através da internet geram consequências fora dela, como prejuízos financeiros, injúria, difamação, constrangimento ou mesmo violência física. Se não tem certeza, se não conhece a fonte da informação, não compartilhe. Busque os veículos de comunicação de referência, as fontes oficiais ou mesmo”, frisou.