Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (03), na sua residência, no bairro Ipueiras, o prefeito de Picos, Pe. Walmir Lima (PT), falou sobre a crise política da última semana, fez o seu relato sobre os acontecimentos recentes e o rompimento com o pré-candidato a prefeito Francisco da Costa Araújo Filho, o Araujinho (PT), ocorrido no dia 27 de julho. Ele falou sobre as expectativas para os próximos dias e a possibilidade de lançar outra candidatura ao Palácio Coelho Rodrigues no pleito de 15 de novembro.
Antes de responder as perguntas o prefeito falou sobre a crise. Sem citar nomes, ele disse que buscou possibilidades de costurar essa aliança, apontando sucessivos nomes para compor a chapa com Araujinho. Hoje, ele diz que o Governo está desgastado porque há pessoas dentro do grupo trabalhando contra a administração. Ele disse ainda que foi procurado para saber se poderia reconsiderar a sua decisão, mas frisou que o rompimento é fato consumado.
Sobre as eleições, o prefeito afirmou que estuda a possibilidade de lançar uma terceira via para disputar o pleito. “Existe a possibilidade de avaliarmos se há condições de uma terceira via, construir uma candidatura dentro do grupo ainda, apresentar outro nome, se não, vamos sair com os nossos candidatos a vereadores, sem apoiar nenhum candidato a prefeito, apenas com uma base de candidatos a vereador”, frisou.
O Pe. Walmir Lima informou que esteve reunido com o governador Wellington Dias (PT) nas últimas semanas tratando sobre as alianças políticas locais. O governador lhe sugeriu que indicasse um nome dentro do MDB para ser o vice na chapa majoritária, no que ele decidiu apontar a suplente de vereadora Creusa Nunes. Contudo, o nome não foi bem recebido dentro do grupo de Araujinho.
Indagado sobre o encontro do último sábado entre os vereadores do MDB com Araujinho e o deputado estadual Severo Eulálio (MDB), o prefeito afirmou que tem se colocado no lugar dos parlamentares e que vai conversar com eles posteriormente. Nesse momento, não haverá exonerações quanto às pessoas ligadas aos vereadores. “Vou conversar com alguns deles, ouvi-los, e ver se a gente constrói uma saída, só posteriormente pensaremos nessa possibilidade de demissão ou não”, comentou.
Sobre os próximos cinco meses de mandato, uma vez que mais vereadores passam a integrar a oposição, o que pode dificultar a sua administração, o prefeito afirmou que alguns projetos já estão paralisados. Sobre possíveis retaliações no futuro, depois que terminar o seu mandato, ele ressaltou que não as teme, frisando que é natural que os ex-gestores tenham problemas ao deixar o poder.