Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (4) revelou um panorama sobre o perfil dos Microempreendedores Individuais (MEIs) no estado do Piauí. Segundo os dados de 2021, quase metade dos MEIs do estado estão envolvidos na área de comércio e reparação de veículos, totalizando mais de 46 mil pessoas, o que equivale a cerca de 44,45% do total de MEIs no estado.
O estudo, intitulado “Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais”, destaca que o número de MEIs na área de reparação de veículos é quatro vezes maior do que na categoria de alojamento e alimentação, que conta com 11,9 mil pessoas. Em contrapartida, as atividades de saúde humana e serviços sociais têm a menor participação de MEIs, com 184 pessoas, equivalendo a 0,18% do total.
Em 2021, o estado do Piauí contava com cerca de 105 mil microempreendedores, ocupando o 21º lugar entre os estados do país nesse quesito, representando aproximadamente 0,8% do total de MEIs no Brasil, que alcançava 13,1 milhões naquele ano. Houve um crescimento significativo de 26% em relação a 2020, com mais de 20 mil novos empreendedores cadastrados.
Uma análise mais aprofundada do estudo mostra que quase metade dos microempreendedores estavam em atividade há três anos, totalizando cerca de 51 mil MEIs, o que representava aproximadamente 48,96% do total. Além disso, cerca de 18 mil pessoas estavam envolvidas em atividades há mais de três anos, enquanto aproximadamente 35 mil MEIs tinham mais de cinco anos de atividade em 2021.
É relevante mencionar que, em 2021, os microempreendedores piauienses era, predominantemente do sexo masculino, representando 53% do total, enquanto as mulheres representavam 46% do universo dos MEIs.
Essas informações foram obtidas a partir do cruzamento de dados do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), ambos da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, bem como do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS Empregado) do então Ministério do Trabalho e Previdência.
Fonte: O Dia