Segundo o diretor do IFPI – Campus de Picos, Prof. Dr. Lourenilson Leal de Sousa (Nilsim), o novo bloqueio nos recursos da educação, determinado pelo Ministério da Educação (MEC), na última terça-feira (29), praticamente inviabilizou a administração da instituição, uma vez que não há mais recursos para honrar os contratos e pagamentos de serviços básicos, como o fornecimento da energia elétrica.
O sucateamento da educação brasileira tem sido uma política do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que promoveu sucessivos bloqueios nessa área nos últimos quatro anos.
“Os recursos quase não existiam, tínhamos em conta apenas os recursos do pagamento das bolsas do final de ano dos alunos, bolsas de auxílio permanência, auxílio transporte, pagamento da conta de energia, contratos de serviço, e esses contratos não serão pagos esse ano. Terminamos o ano com mais dificuldades do que começamos”, lamentou o diretor.
Como o novo orçamento deve chegar apenas no primeiro trimestre de 2023, Nilsim salienta que apenas alguma ação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional junto ao Governo Federal poderia fazer com que recursos emergenciais cheguem até os institutos e universidade federais para sanar a crise.
Os últimos quatro anos tem sido muito difíceis para a educação brasileira. “Pra gente hoje funcionar e recomeçar as atividades, não temos mais nenhum recurso. Corremos o risco de em 15 dias ser interrompido o fornecimento de energia elétrica do Campus”, declarou Nilsim.
O direito salienta que muitos serviços e atividades foram suspensas para tentar adequar os trabalhos do Campus a lamentável realidade financeira. “O que tinha eram as bolsas e pagar a conta de energia. Hoje não temos mais esse recurso e os alunos ficam prejudicados, e a reitoria não tem mais orçamento”, frisou Nilsim.