O Ministério Público Eleitoral (MPE), através do promotor Antônio César Gonçalves Barbosa, acatou duas representações contra o candidato a prefeito de Picos, Francisco da Costa Araújo Filho, o Araujinho (PT), por campanha eleitoral antecipada. Elas estão datadas de 10 e 11 de outubro. Os pedidos foram movidos pela Comissão Provisória do Progressistas, partido ao qual é filiado o candidato Gil Paraibano. Após o parecer favorável do MPE os dois pedidos serão encaminhados para julgamento na 10° Zona Eleitoral, a quem cabe a decisão final sobre as questões.
Em um dos pedidos o Progressistas argumentou que pessoas próximas a Araujinho saíram pelas ruas de Picos em uma Hilux de cor branca, com a música de campanha do então pré-candidato, além dos mesmos estarem com adesivos do PT. Isso aconteceu no dia 12 de setembro. Nessa mesma ação, o partido do candidato Gil Paraibano argumenta que o governador Wellington Dias (PT) pediu votos para o pré-candidato do seu partido na convenção eleitoral, realizada na noite de 12 de setembro. O vídeo foi compartilhado nas redes sociais de Araujinho.
A segunda ação trata de um vídeo publicado nos stories do Instagram de Araujinho em que ele visitou uma residência no bairro Parque de Exposição e lá usou a expressão “pedir voto”, o que também seria caracterizado como campanha antecipada, uma vez que esta teve início oficialmente, segundo o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 27 de setembro.
A defesa de Araujinho alegou, quanto a primeira representação, que não há irregularidade no vídeo da Hilux, pois não houve nenhuma ação que caracteriza campanha eleitoral. Argumenta ainda que o veículo não pode ser atribuindo ao representado. Ele estaria em sua casa, quando um apoiador parou em frente com o veículo tocando o jingle utilizado na convenção. Foi então que Yuri Araujo, filho do empresário, e Bruno Araújo, saíram para cumprimenta-lo.
Quanto ao vídeo com a fala do governador Wellington Dias, este já foi retirado das redes sociais de Araujinho e o mesmo não teria a intensão de pedir voto, acreditando tratar-se de comunicação intrapartidária.
Na segunda ação, a defesa de Araujinho argumentou que não se trata de pedido de votos: “as imagens retratam apenas cumprimentos aos amigos e apoiadores, cumprimentando algumas pessoas que estavam no local”.