A motorista do aplicativo Cobi, Eliane Leal, falou em entrevista ao Boletim do Sertão sobre a dificuldade em se manter na profissão, que ela já desempenha há três anos em Picos, com a alta constante no preço da gasolina. Mesmo com a retomada gradual da economia e o aumento da demanda, os lucros foram afetados.
“Os lucros não estão mais suprindo; e você não pode fazer um aumento dos valores das corridas como tem dos combustíveis porque se não as pessoas não chamam”, declarou.
Anteriormente ela utilizava algumas estratégias para tentar economizar, como manter os vidros do carro abertos ao dirigir, mas essa prática se tornou inviável devido a temperatura elevada da cidade e o fato dos clientes também buscarem por conforto quando solicitam os serviços.
Hoje, Eliane também faz corridas para outras cidades, inclusive mais distantes, como Teresina, Fortaleza – CE e Petrolina – PE. “Invisto mais nessas viagens de frete, porque rodar dentro da cidade não está mais compensando”, declarou.
No Piauí, o litro da gasolina se aproxima dos R$ 7,00 e, por todo o Brasil, motoristas de aplicativo estão deixando a profissão devido o aumento constante no preço dos combustíveis.
