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Merlong diz que manter auxílio em R$ 600 é fazer ‘justiça social’

O deputado federal Merlong Solano (PT) anuncia que a bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou emenda para que o valor do auxílio emergencial seja mantido em R$ 600 até dezembro, e não R$ 300, como definido pelo governo Bolsonaro, por meio da Medida Provisória 1000/20. A bancada argumenta que a redução do valor prejudicaria não apenas os beneficiários diretos, mas a própria economia brasileira.

“No momento que os preços dos alimentos sobem acima da inflação, Bolsonaro baixa o valor do auxílio emergencial para trezentos reais, manifestando seu caráter antipopular e a incapacidade de compreender que uma crise econômica como essa exige medidas novas. Fazer justiça social é uma forma efetiva também de enfrentar a crise econômica, porque dinheiro no bolso das pessoas mais pobres vira consumo da família, que ajuda a dinamizar o comércio, a indústria, a agropecuária, enfim, ajuda a reduzir os efeitos dessa grave crise econômica sobre a qual passamos. Portanto, é justiça social manter o valor em seiscentos reais, mas é também uma medida de inteligência econômica”, afirma Merlong Solano.

A Medida Provisória 1000/20 será analisada diretamente no Plenário da Câmara, conforme o rito de tramitação definido pelo Congresso Nacional durante o período de pandemia. “Esperamos vencer essa batalha em favor da população mais vulnerável, que nesse momento sofre com o desemprego, o desalento, com a completa falta de perspectiva, muito por irresponsabilidade deste governo, que não apresenta um planejamento mínimo que seja”, critica.

O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso Nacional com o objetivo de atender às pessoas que perderam renda em razão da pandemia. Têm direito ao benefício os trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEIs) e contribuintes individuais do INSS. Mais de 67 milhões de brasileiros receberam pelo menos uma parcela do auxílio, segundo dados da Caixa Econômica Federal.

Fonte: AsCom