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Matadouro Público passa por reforma e espaço para feira do gado ganha lanchonete moderna

O Matadouro Público Municipal passou por reforma que ampliou o espaço e melhorou as instalações e a infraestrutura do local. Ganhou ainda uma nova área de alimentação, muito utilizada durante a feira do gado, que acontece aos finais de semana. A antiga lanchonete do matadouro já havia sido interditada pelo Coordenador de Matadouros e Mercados Públicos do Município, Antônio José de Sousa, o Bigode Branco, por não oferecer condições de uso, posto o prédio estar deteriorado e com risco de cair.

 “Nós recebemos o Matadouro deteriorado, sujo, instalações precárias, sem condições de higiene. Gosto muito de limpeza e aqui ela é essencial! Hoje temos um espaço que dá orgulho pra quem trabalha nele e, durante a feira do gado, que movimenta bastante o bairro todo, recebendo criadores e comerciantes de Picos e da região, nós agora podemos oferecer uma lanchonete moderna, com espaço amplo e qualidade nos lanches, através de uma senhora que recebeu as chaves como permissionária”, explicou Bigode Branco.

A entrega de chaves da lanchonete ocorreu nesta quarta-feira, 18h, e, para  Leonora Meneses, permissionária do local, esta é uma oportunidade de realizar um sonho antigo, de se tornar empreendedora:

“Queria agradecer pela oportunidade que me foi concedida, pois empreender sempre foi um sonho para mim e essa é uma oportunidade que irei agarrar com toda força. Buscarei sempre trabalhar para melhor atender a todos que aqui vierem, sempre com qualidade e bom atendimento. Então, queria deixar aqui registrado o meu sentimento de gratidão e queria também convidar todos para conhecer o novo espaço!” afirmou Leonora.

O prefeito Gil esteve no local para entregar as chaves do imóvel e disse que o Matadouro de Picos, atualmente, garante a qualidade da carne, atestando a saúde do animal abatido ali:

Foto: Fátima Miranda

“Além de ser o matadouro público da cidade é uma feira de gado, porque todo fim de semana os produtores de Picos e cidades vizinhas trazem seus animais para serem comercializados. Tem que estar tudo organizado para receber os feirantes que compram gado. Estava tudo caindo aqui e tinha que fazer uma reforma grande. Vamos melhorar a infraestrutura do município em todos os aspectos. O povo tem que colaborar não destruindo o que estamos fazendo”.

Edmar Serafim, veterinário responsável pela fiscalização sanitária no Matadouro, atestou a qualidade dos animais e da carne dos abates:

Foto: Fátima Miranda

“Aqui fazemos toda a fiscalização sanitária, a estrutura é muito boa, a população aprendeu a trabalhar com bovino de qualidade e, do mesmo jeito que a gente respeita o conhecimento do homem do campo, eles respeitam muito o conhecimento do veterinário. O animal chega com antecedência, tem um descanso, a gente faz essa inspeção antes dele entrar na sala de abate. Animal com baixo peso ou qualquer afecção, não é abatido, apenas aqueles cem por cento saudáveis. Então, a carne que sai hoje o matadouro de Picos é cem por cento confiável, tem fiscalização efetiva” informou o veterinário.

O abate acontece todos os dias no período noturno, iniciando às 18h e depois a carne é transportada para para os frigoríficos, onde é adquirida pelo consumidor final. Antes os dejetos que sobravam não tinham destinação adequada, mas agora são recolhidos por caminhões em uma plataforma de cimento construída especialmente para esse fim e que não necessita do contato humano direto porque existe um mecanismo próprio para que sejam escoados.

Foto: Fátima Miranda

No próprio Matadouro, atualmente, existe uma sala equipada com computador e internet, mobiliada, para uso exclusivo da ADAPI – Agência de defesa Agropecuária do  Piauí, e os animais contam com a certificação GTA – Guia de Transporte de Animais, que, conforme o parágrafo 3º, do artigo 1º, da Instrução Normativa nº 19, de 3 de maio de 2011, expedida peço Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, deverá conter as seguintes informações:

 I – espécie; II – origem (código do estabelecimento, nome do estabelecimento, CPF/CNPJ do proprietário, nome do proprietário, município e Unidade da Federação – UF); III – destino (código do estabelecimento, nome do estabelecimento, CPF/CNPJ do proprietário, nome do proprietário, município e UF); IV – quantidade por sexo e faixa etária, ou categoria, aptidão e produto, quando couber; V – finalidade do trânsito, observações e código de barras; e VI – a identificação do emitente e do local de emissão e as datas de emissão e validade.

Foto: Fátima Miranda

O prefeito Gil Paraibano ainda lembrou que todo patrimônio público deve ser preservado pela população usuária:

“Estava tudo caindo aqui e tivemos que fazer uma reforma grande, não é fácil. O povo também tem que colaborar, não deixar destruir o que estamos fazendo, vamos ter mais cuidado! A gente faz as coisas e elas não podem ser  depredadas. O Matadouro, ambiente da feira de gado está ficando muito bom e vamos todos cuidar desse local tão importante para o município”.

Foto: Fátima Miranda

A média diária de abate é de cerca de 15 bois e a movimentação da feira do gado reúne criadores e comerciantes de Picos e várias cidades da região.

Foto: Fátima Miranda

Fátima Miranda
Ccom Picos