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Julho Amarelo: médica aborda prevenção e tratamento das hepatites

Médica Nara Laís. Foto: Jailson Dias

O mês de julho, denominado de Julho Amarelo, é voltado para conscientizar a população sobre o tratamento e prevenção das diferentes formas de hepatite. A médica gastroenterologista Nara Laís Silva Batista de Barros informou que existem cinco tipos de hepatite, que são distinguidas pela comunidade médica pelas letras iniciais do alfabeto: A, B, C, D e E. Contudo, as três primeiras formas são as mais conhecidas e que atingem mais pessoas.

A médica Nara Laís informou que a hepatite A é muito comum em crianças, atingindo até 90% da população durante a infância. Ao passo que as hepatites B e C estão mais presentes entre os adultos. “Geralmente a gente faz o rastreio, a hepatite B é transmitida por via sexual, enquanto a hepatite C é via parenteral: através de transfusão de sangue, alicates usados na manicure, trocas de seringas”, explicou.

Felizmente, há tratamento para todas as formas. A gastroenterologista informou que a hepatite A desaparece do organismo de forma espontânea, ou seja, ocorre a cura do paciente. Já para a hepatite B existe o tratamento, mas não são todos os pacientes que precisam fazer uso de medicação contínua. “Já a hepatite C foi uma grande mudança, uma grande revolução, pois tem tratamento e tem como ficar curado, através de uma medicação disponibilizada pelo Ministério da Saúde”, relatou.

O paciente acometido pela hepatite C tem de fazer uso da medicação por um período que varia de três a seis meses. “Aí o paciente, pode-se dizer, fica curado, não precisa tomar medicação de forma contínua”, explicou a médica.

A médica Nara Laís explica ainda que o paciente acometido pela hepatite B pode ter uma vida normal, precisando, contudo, da prevenção. O maior risco dessa doença está no surgimento de câncer no fígado ou cirrose, o que torna necessário o acompanhamento médico.

Exames

A gastroenterologista alertou que a população adulta, sexualmente ativa, precisa fazer os exames de prevenção. “Todo adulto, é importante que faça a sorologia, principalmente acima dos 40 anos, ou então se tiver uma vida sexualmente ativa; esses exames estão disponíveis pelo Ministério da Saúde, pelas Secretarias de Saúde de cada município; é só chegar no postinho de saúde e dizer que quer fazer o exame, são aqueles testes rápidos para sorologia de hepatites B e C”, comentou.

Tratamento

Uma vez que uma pessoa identifica através de exame que possui a hepatite B ou C, ela deve procurar o tratamento. A médica explica que o tratamento em Picos pode ser realizado no CTA, ou por um hematologista ou um gastroenterologista.

Para identificar a forma adequada de tratamento, serão realizados exames para medir a carga viral e o estado de saúde do fígado do paciente. No caso da hepatite B, será constatado se o paciente precisa fazer uso de medicamento. Em se tratando de hepatite C, será analisado o melhor tratamento. “Para cada tipo de vírus C, genótipo C, tem um tratamento”, explicou.

Sintomas

Segundo a médica, os sintomas da hepatite A se assemelham a uma gripe, ao passo que as hepatites B e C são silenciosas, ou seja, quando a doença é identificada sem a realização de um exame, a situação do paciente já está agravada.

A médica

A médica Nara Laís se formou em medicina pelo Centro Universitário Uninovafapi de Teresina. A conclusão do curso se deu em 2016. A profissional fez dois anos de clínica médica no Hospital da Restauração em Recife – PE, entre 2016 e 2018, e dois anos de gastroenterologia no Hospital Universitário Oswaldo Cruz em Recife – PE, entre 2018 e 2020.

Atualmente ela é coordenadora da UTI e Síndrome Respiratória Aguda Grave do Hospital Regional Justino Luz de Picos, e também atende na Clínica Picos Imagem, localizada na Av. Nossa Senhora de Fátima.