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Jornalista relata sequelas sete meses depois de se curar da Covid-19

Lorena Sales. Fonte: arquivo da entrevistada

A doença que já tirou mais de 300 mil vidas de brasileiros e contaminou 11 milhões de pessoas, em muitos casos, não some após a cura. Ela deixa sequelas que podem ser sentidas meses após o paciente se livrar desse mal. É o caso da jornalista e assessora de comunicação do Hospital Regional de Picos (HRJL), Lorena Sales. Em entrevista ao Boletim do Sertão ela relatou que teve Covid em agosto de 2020, fez o tratamento e se recuperou, contudo, ainda hoje sente sequelas deixadas pela enfermidade.

No caso de Lorena, essas sequelas dizem respeito a alimentação. “As sequelas ainda hoje persistem, alimentos como maracujá, goiaba, cebola e pimentão eu sinto outros cheiros e não sinto o sabor real do alimento. A cebola, por exemplo, sinto cheiro de coisa estragada”, relatou.

A Covid ainda trouxe para a jornalista o risco de uma doença crônica. Ela informou que após exames descobriu que estava pré-diabética. Após o tratamento e acompanhamento médico, felizmente conseguiu reverter esse quadro.

Quando descobriu que estava com Covid, cinco dias após o seu marido também ser diagnosticado, a jornalista procurou o Centro Integrado em Especialidades Médicas de Picos (CIEM) e ficou em isolamento social. Os sintomas mais sérios vieram em seguida.

“Dois dias depois do resultado do exame iniciou dor de cabeça, congestão nasal e perda do olfato, na madrugada a falta de ar. Era leve, mas muito incômodo. Sensação horrível. Depois veio a perda do paladar muito severa, não sabia nem o que estava comendo. Não tinha cheiro nem sabor”, relatou.

Quando os alimentos perderam o gosto e se assemelhavam a uma “queimadura”, veio a dificuldade para comer. “E aí sem me alimentar direito veio a fraqueza muscular, três dias que para banhar precisava de ajuda do meu esposo para me levar ao banheiro. Não conseguia caminhar as pernas faltavam”, comentou.

Sete meses depois de ser curada, Lorena disse que espera até que as sequelas desapareçam.