EdAs aulas presenciais na rede pública de Ensino deverá retornar no mês de agosto, após três meses de suspensão devido a pandemia do novo coronavírus. No entanto, essa previsão dependerá dos dados epidemiológicos da Covid-19 em julho, além da aprovação do protocolo de retorno pelo Comitê de Operações Emergências Covid-19 do Estado.
O secretário de Educação Ellen Gera afirma que inicialmente o retorno das aulas não contará com 100% dos alunos em sala de aula, no chão da escola. Hoje o Estado possui 228 mil alunos regulares matriculados.
“Nós temos a convicção de que não conseguiremos ter o retorno de 100% dos estudantes de uma vez. Será uma retomada gradual, provalvemente com modelo híbrido, no qual também usaremos as medidas de aula não presencial, com tecnologia, aulas remotas e entregas de material em casa”, diz o secretário
O protocolo de retomada será divulgado agora no mês de julho. “Nós estamos com o Comitê na Secretaria Estadual de Educação, com alguns parceiros trabalhando em uma minuta preliminar. Nós vamos abrir esse documento para uma consulta pública com a comunidade educacional para que a gente feche o nosso protocolo”.
O secretário reforça que parte desse protocolo dependete das questões sanitárias. “Nós temos o protocolo pedagógico, mas também o protocolo sanitário porque teremos que realizar adaptações nas nossas escolas, para que não seja ambiente de contágio para o novo coronavírus”.
Sobre o mês de agosto, o secretário esclarece que “é possível, mas que ainda não há uma data marcada. “Nós estamos trabalhando com o protocolo, criando as diretrizes, as premissas básicas, a prioridade é a saúde. A prioridade desse momento é não transformar o chão da escola em ambiente de contágio para o novo coronavírus. Nós só faremos uma retomada presencial quando a área da Saúde, da Vigilância Sanitária, o nosso Comitê de Operações Emergenciais disserem que é possível essa retomada dos profissionai da educação e dos estudantes”.
“No próximo 13 de julho, nós vamos completar 3 meses de aula não presencial na rede estadual de Educação. No dia 13 de abril nós tivemos a retomada das atividades pedagógicas por meio do regime de aulas não presenciais utilizando a tecnologia e a internet, e também a distriuição de material impresso e livros para os estudantes que não possuem conectividade”, disse.
O secretário comenta que por mais que esse modelo de aula remota nos últimos três meses fosse importante para o vínculo aluno, professores e educação, ele não é a mesma realidade de se estar no chão da escola.
“Queremos garantir que os estudantes não desistem, que eles voltem para o chão da escola, que não abandonem o ano letivo. Fazer com que esse retorno seja um grande momento de acolhimento e de recuperação do aprendizado”.
Auxílio Merenda em Casa
A SEDUC, devido a pandemia, implementou o programa Merenda em Casa, que era a distribuição da merenda por meio da plataforma eletrônica sem precisar que o estudante ou a família fosse até a unidade escolar. “Ocorre que o Governo Federal trouxe regras que impedisse o modelo adotado de continuar. Só dando a oportunidade da escola preparar o kit e distribuir os alimentos aos estudantes”, disse o secretário Ellen Gera.
“Ficou difícil dado o risco de contágio ao gerar aglomeração; pelas orientações do próprio Comitê Emergencial nós tomamos por decisão suspender essa operação de distribuição, e não fazê-la de forma presencial na escola para não ter agloemração”.
O secretário acrescenta que aguarda, agora no mês de julho, informações do Comitê de Operações Covid-19 para ter informações se é possível rever esse modelo e definir como ficará essa questão.
Fundef
O Piauí recebeu mais de R$ 1 bilhão em precatórios do Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). O dinheiro deverá ser investido de imediado, disse o secretário.
“Esse recurso chega em boa hora porque nós vamos precisar realizar intervenções nas nossas escolas, para que elas possam estar adaptadas nessa retomada das aulas presenciais”.
O secrertário destaca que a Secretaria Estadual de Educação já fez um planejamento no final de 2019 para 2020 chamado de Educar Piauí. “É um programa que tem três eixos de aplicação desse recurso: 1º eixo é de programas pedagógicos, valorização da gestão escolar e dos profissionais da educação; 2º eixo é o investimento na infraestrutura, de equipamentos, mobilia e tecnologia; e o 3º eixo voltando para o apoio e mantenção da rede estadual, inclusive o programa de transporte escolar”.
Carlienne Carpaso
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