A governadora Regina Sousa reuniu-se, nesta quarta-feira (06), no Palácio de Karnak, com representantes da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Piauí Fomento. Em pauta, o fortalecimento de políticas territoriais com inclusão de populações vulneráveis.
A proposta está sendo formulada pelas três instituições e tem como objetivo principal desenvolver um instrumento com capacidade de inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade. “Já existe um plano de política territorial no Piauí, mas a proposta a transforma em uma política mais consistente para envolver os pequenos e médios, com um projeto que possamos sentir o resultado em cada território de desenvolvimento. Já queremos deixar assinada essa parceria para que a questão das políticas territoriais sejam trabalhadas com mais força, como um elemento de desenvolvimento do Estado”, disse Regina Sousa.
Segundo o consultor do Pnud, Arilson Favareto, o projeto apresenta, no mínimo, duas importantes inovações nas políticas territoriais do Estado. “Esse trabalho está posicionado na continuidade de vários diálogos que vêm acontecendo e envolvendo o Pnud e a política territorial do Piauí, que é uma das mais consistentes do Brasil, hoje, e serve de inspiração para outros estados. Uma das inovações é a tentativa de integrar uma visão territorial dos instrumentos de planejamento em geral do Estado e a segunda é o fato de que essa política territorial busca coordenar ações de várias áreas do governo”, pontuou.
Ainda de acordo com Favareto, a ideia é dar um passo além, reforçando de forma significativa a geração da dimensão de renda e promoção de atividades econômicas que tenham, principalmente, a capacidade de incluir as populações mais vulneráveis dos campos e cidades. “Para isso estamos trabalhando na formatação de duas ideias. A primeira é construir um instrumento que permita financiar esse tipo de atividades econômicas que ampliem a renda e emprego dos mais vulneráveis e valorizem as empresas que incluam essas pessoas nos seus modelos de negócios. A segunda ideia é a possibilidade de envolver um conjunto de instituições que trabalham com produção de conhecimento, com assistência técnica e assessoria para aproximá-las das demandas dos territórios e populações mais vulneráveis”, explicou o consultor do Pnud.
A proposta é baseada na criação de mecanismos para que o Estado possa apoiar e financiar projetos inovadores nos territórios que promovam a inclusão produtiva e que permitam uma dinâmica econômica em cada um desses territórios, fortalecendo a geração de renda e de novos negócios. “Além disso temos um processo de reestruturação dos Conselhos de Desenvolvimento Territorial, que é a criação de um novo modelo de governança para os territórios que permitam a participação de todos os setores dinâmicos da sociedade e, nesse caso, teríamos a participação mais efetiva das empresas privadas, representantes dos comércios locais, além dos tradicionais representantes da agricultura familiar, das instituições de apoio, de pesquisa dos territórios, bem como as instituições de assistência técnica e de transferência de tecnologia”, afirmou a secretária do Planejamento, Rejane Tavares.
Fonte: Secom