Familiares e amigos do jovem Artur da Silva Batista, 20 anos, morto na madrugada do último domingo (25), realizaram na manhã desta quinta-feira (29), uma manifestação cobrando justiça. Eles protestaram contra a soltura dos suspeitos do cometimento do crime. Portando faixas, balões brancos e negros e com o grito de “Justiça Por Artur”, os manifestantes saíram da casa da vítima e percorreram ruas e avenidas centrais de Picos, culminando na Central de Flagrantes, localizada no bairro Canto da Várzea.
Lá, uma comissão foi recebida pelo delegado regional Rodrigo Morais que falou com o grupo de pessoas e conversou em particular com alguns dos integrantes, no interior da delegacia.
Bastante emocionado, o irmão de Artur, Augusto Pereira Batista, lamentou a morte trágica e precoce do parente, descrevendo-o como alguém que não tinha desavenças. “Não mexia com ninguém, respeitoso, trabalhador, não brigava com ninguém, é revoltante demais”, declarou.
A senhora Maria Medianeira de Lima, socorreu a mãe de Artur quando esta foi perseguida por um dos suspeitos do homicídio. “Ele (o suspeito) saiu correndo para pegar ela, Luzia (mãe de Arthur), só que na hora minha sobrinha me chamou, abri a porta, puxei Luzia e disse que ele não ia bater nela”, declarou.
Maria Medianeira, assim como todos os presentes, cobram justiça pela morte do jovem, pois dois dos suspeitos encaminhados a delegacia foram liberados em seguida, enquanto um terceiro, que foi levado até o Hospital Regional Justino Luz (HRJL), também não foi detido.
O delegado Aureliano, plantonista do dia, não manteve os suspeitos presos alegando que não havia elementos para a prisão em flagrante. Isso motivou a revolta da população. Ele não é de Picos e não estava hoje na Central de Flagrantes.
O delegado Rodrigo Morais conversou com as pessoas e recebeu os representantes. O primo de Artur, Ganeilton Batista, e a tia vítima, Maria Hilma, também se manifestaram sobre o caso, como pode ser conferido no vídeo abaixo.
O delegado responsável pela Delegacia de Homicídio, Tráfico e Latrocínio (DHTL) da Polícia Civil em Picos, Agenor Ferreira, declarou que o inquérito policial sobre o caso será concluído em breve.