O ex-governador Wilson Martins se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) na manhã desta terça-feira (22). Ele deixou a direção estadual do PSB para disputar o cargo de deputado federal na chapa petista nas eleições deste ano.
Em entrevista à imprensa, Wilson Martins fez um resgate histórico de alinhamento do PSB com a ideias defendidas por petistas. Ele relembrou que a ruptura ocorreu quando, através do presidente nacional do PSB na época, governador de Pernambuco Eduardo Campos, rompeu com a sigla e lançou uma candidatura própria. O ex-governador do Piauí destacou que neste momento vê a reaproximação entre os partidos.
“Entramos nessa parceria com o Partido dos Trabalhadores e foi através do Eduardo Campos que fomos para o enfrentamento prévio com o PT porque chegou a hora do amadurecimento e achou-se que estava em momento de lançar uma candidatura à presidência da república. Infelizmente, a fatalidade das circunstâncias levou o Eduardo Campos naquele acidente aéreo e ficamos afastados algum tempo, mas, agora volta essa relação que é antiga e que precede Wilson Martins, mas que vem desde Leonel Brizola, Miguel Arraes, Fernando Henrique Cardoso, lá atrás na luta pelas diretas já”, pontuou.
Questionado pelo portal Cidade Verde sobre a sua situação política especificamente, uma vez que esteve na oposição ao governo nas últimas eleições, Wilson Martins destacou que sempre esteve “mais próximo do PT do que distante”.
“Eu estive mais junto com o PT do que longe dele, quase uma dezena de eleições juntos e apenas duas separados”, pontuou.
Questionado ainda sobre avaliava viabilidade de se eleger junto à chapa petista, o ex-governador afirmou que é natural da política ganhar ou perder e acrescentou que o importante é manter uma unidade ideológica.
“Na política a gente ganha, a gente perde, mas a gente mantém uma direção, um conceito de vida, de ética é também de ideologia. As ideias que o PT teve de questionar a reforma da Previdência a reforma trabalhista, o PSB tinha as mesmas ideias e é o mesmo sentimento”, pontuou.
Após receber o quite de filiação e vestir a camiseta do PT, oficialmente no partido, Wilson Martins relembrou em discurso, os momentos em que esteve junto ou em campos diferentes dos de petistas e falou sobre “combater o bom combate”.
“A política tem desses encontros e desencontros, mas relembro que sempre fui muito mais feliz nesses encontros com o Partido dos Trabalhadores”, disse.
O ex-governador ainda fez um apanhado sobre os mandatos que exerceu na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e pontuou saber conviver com diferentes opiniões.
“Combater o bom combate e aprendi a conviver com a diversidade e é esse sentimento de vir para o PT com as mesma ideias, o sentimento não muda”, frisou.
Por fim, Wilson Martins elogiou ao governo de Wellington Dias (PT), a vice-governadora Regina Sousa (PT) e chamou o pré-candidato Rafael Fonteles (PT) de o “menino de Lula” e disse que o secretário representa uma renovação para o estado Piauí.
“Só um cego não enxerga os avanços e os benefícios do Piauí do governo de Wellington Dias e que tivemos um pedacinho de contribuição e é com esse sentimento que queremos chegar ao Partido dos Trabalhadores, com o cumprimento da regras, regimento e o que diz a militância do partido.
Talvez a população do Piauí não tenha ainda a concepção da grandeza da participação de Rafael na política-partidária do Piauí, mas, aos poucos vai conhecer”, destacou.
Filiação de deputados
Além de Wilson Martins, o PT oficializou o ato de filiação dos deputados estaduais Hélio Isaías, Fábio Xavier e Nerinho, além da suplente de vereador Cida Santiago, do prefeito Murilo Bandeira, e Rubem Vieira, ex-prefeito de Cocal.
Flash Paula Sampaio
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