Por Dalila Pereira/Estagiária
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) o Brasil já era o país mais ansioso do mundo, com o advento da pandemia houve um aumentado no número de pessoas ansiosas, devido ao isolamento social obrigatório. Estresse, preocupação e medo do futuro, são alguns dos sintomas mais recorrentes. A estudante do curso de Farmácia, Yone Caroline Silva, vem lidando com esses sentimentos durante esse período.
“Tem sido um grande desafio lidar com as emoções nesse período de pandemia pela própria gravidade da Covid-19 e pelo receio de que eu, algum familiar ou amigo seja infectado pelo vírus, mas também pela incerteza de não saber quando a nossa vida vai retornar ao normal e se algum dia tudo vai ser como era antes. Então a ansiedade tenho sido recorrente durante a quarentena, além disso, a todo momento somos bombardeados com novas notícias acerca do aumento dos casos coronavírus, da dificuldade em se desenvolver um tratamento eficaz, além dos casos de racismo que vem ocorrendo em todo o mundo o mundo”, declara a estudante.
Entre as dificuldades em manter a saúde mental, a estudante busca soluções para lidar com o isolamento e voltar a prática de atividades que antes eram normais no seu dia a dia, pois as aulas da rede pública não retornaram de forma online como nas intuições privadas.
“No começo eu ficava muito ociosa, uma vez que estou em casa de quarentena sem sair para quase nada e sem ter aulas online, e aí era mais difícil controlar meu emocional. Com o passar dos dias eu comecei a fazer cursos online da minha área e de inglês e participar de eventos online para tentar me distrair, evitando as crises de ansiedade e a ociosidade. Eu também retomei um velho hábito que eu tinha que é ler livros e assistir filmes, o que não conseguia fazer com frequência devido a rotina corrida. Também tenho praticado atividade física em casa quando possível”, afirma Yone Caroline.
O psicólogo Evilásio Moura, em entrevista ao Boletim do Sertão, explica o que é ansiedade e como a doença afeta a saúde mental, principalmente nesta época de isolamento social.
“Ansiedade é um estado emocional de preocupação interna excessiva de forma persistente, onde as pessoas mostram medo das situações do cotidiano. Agora como estamos vivendo com a pandemia, temos uma certa incerteza, insegurança, ansiedade e medo por conta desse inimigo invisível, assim ninguém sabe ainda o que pode acontecer. A ansiedade também pode alterar a frequência cardíaca, a respiração, o momento do sono, pode inibir ou aumentar o apetite dependendo de cada caso, altera os aspectos psicossociais diria até espiritual, ou seja, há alterações do corpo tanto fisiológicas quanto físicas” ressalta o psicólogo.