Por Dalila Pereira/Estagiária
O trabalho em hospitais, como se sabe, é bastante corrido e tem se tornado ainda mais em decorrência dos casos de Covid-19. Os profissionais que estão na linha de frente, tratando dos infectados e suspeitos, tiveram que readaptar os hábitos e redobrar os cuidados consigo e com os pacientes. É a realidade de instituições de saúde no mundo todo, inclusive do Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL). A enfermeira Yara Ferreira Leite, que trabalha diretamente com pacientes testados positivo, explica como tem sido a sua rotina.
“A nossa rotina de trabalho mudou totalmente desde o início dessa pandemia. E principalmente a minha, visto que trabalhava no setor de Urgência e Emergência Adulta (SPA) e fui remanejada para trabalhar somente na área ‘Covid’ desde o começo da pandemia, além disso, novas equipes foram contratadas para atender a crescente demanda, novos setores, número de pacientes Covid cada vez maior com casos confirmados e suspeitos. A complexidade se dá por ser uma doença nova e sem muitos estudos científicos acerca do assunto”, diz a enfermeira.
Além das alterações na forma de trabalho, os profissionais da saúde tiveram que redobrar os cuidados ao utilizar EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), objetos essenciais para a manutenção e proteção dos profissionais da saúde e dos pacientes. Yara Ferreira declarou as dificuldades de passar o dia todo com máscara, um dos equipamentos de proteção.
“Não é nada confortável trabalhar 12 ou 24 horas com uma máscara N95, porque independente de se trabalhar com paciente Covid ou não, como a transmissão na nossa área já é comunitária, devemos ter toda uma preocupação no atendimento a todos os pacientes, até porque muitas vezes, os sintomas da doença são assintomáticos, ou seja, na maior parte a pessoa infectada pelo vírus ainda nem sabe do seu contágio”, declara a profissional.