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Em Picos, secretarias municipal e estadual se unem para ação emergencial de remoção de moradores de áreas de risco

Considerando a previsão de chuvas intensas em Picos a partir do próximo dia 06 de janeiro, e tendo em vista os estragos já causados no último dia 29 de dezembro pela chuva que acumulou 165mm, em quatro horas, o equivalente a dois meses inteiros de chuvas, pastas da Prefeitura Municipal e do Estado se uniram no intuito de realizarem uma ação emergencial a fim de evitar novas tragédias.

Nesta sexta-feira, membros da Defesa Civil, Assistência Social de Picos e do Estado, Secretarias de Obras e Governo, e também a Procuradoria Geral, estiveram em reuniões com instituições como o 3° BEC e o Corpo do Bombeiros, traçando estratégias para minimizar os danos já criados pela última chuva e para a possibilidade de chuvas futuras, caso se concretize a previsão a partir do dia 06.

Durante toda esta quinta e sexta-feira, equipes da Semtas estiveram percorrendo os bairros mais críticos da cidade, observando os pontos que merecem maior atenção, com a finalidade de amparar as famílias desassistidas. Locais de maiores incidências de deslizamentos e desmoronamentos foram visitados e as famílias instruídas para se dirigirem à escola Petrônio Portela, que servirá como alojamento pelos próximos dias de chuvas intensas.

Foram disponibilizadas equipes do Corpo de Bombeiros, 3° BEC, ônibus da Educação, e equipes da Semtas para realizarem a remoção na manhã deste sábado (04), mas, as famílias que haviam se comprometido em serem removidas, acabaram desistindo.

“As pessoas não alegaram uma justificativa fundamentada. Elas querem permanecer em casa. Nosso querer também é o de que eles permanecessem em casa, mas se houvesse segurança, o que não há no momento. Elas precisam ter conscientização de que, neste primeiro momento, o melhor a se fazer é sair de casa. Entendemos que não é uma situação confortável, mas é para resguardar a vida delas”, disse o secretário de Assistência Social, Luzifrank Júnior.

O gestor relatou ainda que a população tem pedido a construção de muros de arrimo, mas que também não é uma ação que pode ser executada no momento.

“Assumimos a gestão esta semana e já iniciamos com os trabalhos de limpeza de pontos críticos e vistoria desses imóveis e morros. O secretário de Obras esteve na equipe, juntamente com dois engenheiros, e, infelizmente, não tem como fazer esses muros de contenção agora neste momento, pois estão previstas chuvas intensas para a semana que vem, com mais de 100mm de acumulado, o que é um grande volume. Se a gente iniciar a construção, o perigo de deslizamento é grande. Só estaremos pondo essas pessoas em um risco maior. Precisamos de segurança para iniciar essa construção”, declarou

Todas as famílias dos bairros Paroquial e São Vicente que se recusaram a seguir para o alojamento, assinaram um termo de responsabilidade pelo risco.

Caso alguma família opte pela remoção, deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, através do número 86 9429-7268, que acionará as demais pastas responsáveis.

Fonte: CCOM