Em nota divulgada ao final da manhã desta sexta-feira (21), a jornalista Maria Santana explicou os motivos para o seu pedido de exoneração do Centro Integrado em Especialidades Médicas de Picos (CIEM), órgão que chefiava desde a inauguração em julho de 2019. No texto ela alega que passou a sofrer perseguições desde a saída do Dr. Júnior Santos da chefia da Secretaria Municipal de Saúde, há pouco mais de duas semanas. O pedido de exoneração da jornalista foi a grande surpresa do meio político do dia.
“Após esse rompimento ser formalizado, fui vítima de vigilância constante sobre com quem e onde eu estava, tendo em vista, e de conhecimento público que sempre fui uma pessoa bem relacionada com todos os amigos e amigas que participaram e ou participam da gestão municipal”, declarou.
Ela disse na nota que a saída do CIEM se deu por motivos de natureza pessoal e administrativa e salienta que uma semana após a nomeação da nova titular da Saúde, médica Kele Nunes, ainda não teve a oportunidade de conversar com ela sobre o funcionamento do Centro Médico. “Inclusive, começaram a faltar insumos, medicação e testes rápidos para a Covid-19. Problema esse que se vem agravando diariamente após a saída de Dr. Júnior Santos”, declarou.
Maria Santana acusou ainda o Pe. Walmir Lima de ter desarticulado o PL, partido que ela havia escolhido por ela para se filiar no começo do ano.
“Com a inviabilidade do PL, fui convidada pelo deputado do prefeito Severo Eulálio a me filiar ao MDB, convite esse que aceitei em 4 de abril deste ano. Ora, o que me causa estranheza é saber que o prefeito se diz agora pego de surpresa com minha filiação ao MDB, quatro meses depois. É público que o gestor, após desarticular o PL, levou meia dúzia dos que ele dizia “seus”, para o Partido Comunista (PC do B) e eu não fui convidada a fazer parte desse grupo”.
Ela finaliza dizendo que sai com a consciência do dever cumprido.