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Diretor do IFPI de Picos explica como redução dos recursos para a educação prejudica estudantes

Diretor Nilsim. Foto: Jailson Dias

O diretor do IFPI – Campus de Picos, Prof. Dr. Lourenilson Leal de Sousa (Nilsim), explicou como o novo contingenciamento dos recursos federais deve prejudicar o ensino ofertado aos estudantes da rede federal. O bloqueio determinado pelo Ministério da Economia subiu de R$ 2,7 bilhões para R$ 12,7 bilhões. A decisão atinge todas as áreas do governo, mas as maiores perdas foram para a Saúde e a Educação, com o bloqueio de R$ 2,7 bilhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente. Com isso, Nilsim informou que o Instituto Federal precisou readequar as atividades programadas para o segundo semestre letivo de 2022.

Segundo Nilsim, a situação é grave, uma vez que o bloqueio compromete todos os setores do IFPI: ensino, pesquisa e extensão. “Em atividades de visitas técnicas, insumos de laboratório, serão cortados dos estudantes. Os serviços terceirizados: segurança, limpeza, deverão ser afetados, porque contratos serão cancelados para poder atender esse teto de gastos do governo federal, e vai gerar desemprego para muitos servidores terceirizados que trabalham na rede federal”, declarou.

O diretor Nilsim salienta que as aulas voltaram a ser presenciais em 2022 após a redução da pandemia. Contudo, ante o bloqueio, as atividades presenciais estão comprometidas. Alguns contratos já estavam celebrados, mas agora terão de ser cancelados.

IFPI. Foto: Jailson Dias

“O ano que deveria propiciar uma volta à normalidade, pode se tornar um pesadelo; mais do que nunca, é o momento, depois de uma pandemia, onde nossos estudantes precisariam de condições mínimas para o seu desenvolvimento e para a sua recuperação da aprendizagem”, declarou o diretor.

Atualmente, os Institutos Federais pelo Brasil concentram mais de um milhão de estudantes, dos quais, segundo Nilsim, mais de 70% estão em situação de vulnerabilidade social. “Uma restrição orçamentária dessa magnitude afetará a qualidade do ensino ofertado para os estudantes da rede federal, aumentando ainda mais as desigualdades entre aqueles que têm condição de pagar uma mensalidade e aqueles que não têm condições de frequentar uma escola de qualidade”, lamentou o diretor.