Por Daniela Pereira/ Estagiária
O Dia Internacional da Enfermagem é comemorado hoje, 12 de maio. O Boletim do Sertão decidiu conversar com alguns desses profissionais da saúde sobre a sua rotina na “linha de frente” do enfrentamento ao coronavírus.
Jaime de Sousa Cortez, 26 anos, é enfermeiro do Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL), e também do Hospital Pequeno Porte João de Deus Sousa, da cidade de Ipiranga. Ele se formou em 2017 pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) – Campus Professor Barros Araújo, e diz que o enfermeiro é fundamental para a sociedade, pois são eles que estão presentes com os pacientes.
“Os enfermeiros e técnicos de enfermagem são essenciais dentro do sistema de saúde, afinal, são eles que estão presentes durante todo o tratamento do paciente: desde o momento da entrada até o de alta e que, muitas vezes, também fora do ambiente hospitalar”, comenta.
Neste período de pandemia, vimos muitos a batalha dos profissionais da saúde para trabalhar diante do coronavírus, tornando perigoso o contato direto do paciente infectado, e o cuidado que é preciso para não se infectar. Assim explica o enfermeiro.
“Tem sido bastante desafiador, principalmente com as novas variantes em circulação, o medo e a insegurança de dias melhores acabam ficando em dúvidas em nossos pensamentos, pois a pandemia durante esse ano mudou a rotina de diversos, inclusive a minha novas rotinas, novos cuidados e novos métodos de se trabalhar”, conta.
Para Jaime de Sousa o mercado de trabalho nos hospitais continua escasso de profissionais da saúde. “Com a amplitude que a área da enfermagem tem, ainda o mercado de trabalho é bastante carente. Hoje no país existe mais de 2 milhões de enfermeiros, e mesmo assim existe muita carência para esses profissionais”, aponta.
Da mesma forma que Jaime, a enfermeira Viviane Roselany, 27 anos, que também trabalha no Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL), relata que são os enfermeiros quem estão à frente dos cuidados com os pacientes.
“Nós somos vitais em todo o sistema de saúde, enquanto os médicos prescrevem o tratamento, nós é quem executamos. Estamos presentes com os pacientes, que muitas vezes fazemos o papel de família, psicólogo e amigo”, conta.
Além disso, a enfermeira relata que os dias no hospital durante a pandemia têm sido cheios de desafios para lidar com a Covid-19, em contrapartida, passa a ter gratidão pelos dias que vive ajudando quem precisa.
“Tem sido desafiador e ao mesmo tempo, gratificante. São tempos muitos difíceis, cheios de medo, incertezas e perdas incalculáveis, mas damos o nosso melhor, lutando contra a morte, e a cada paciente que recebe alta, é uma realização profissional e humana” relata.
E mesmo os enfermeiros terem um papel fundamental no sistema de saúde, Viviane conta que na sua percepção, o reconhecimento pelo trabalho precisa ser maior.