Nesta terça-feira, 28 de junho, é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Em entrevista ao Boletim do Sertão, o psicólogo Anderson Veloso falou sobre como os julgamentos afetam as pessoas e sobre a importância de entender e respeitar as diferenças existentes na sociedade. “É importante que a gente entenda que somos todos diferentes, fazemos parte de grupos diferentes, que nos colocamos no mundo de forma diferente, e está tudo bem, desde que não desrespeitemos o outro”, frisou.
Sobre como os julgamentos afetam as pessoas, com destaque para a população LGBTQIA+, Anderson Veloso informou que a temática é bem específica. Ele chama atenção para que amigos e familiares estejam alertas quanto ao estado de saúde de pessoas LGBTQIA+.
“São pessoas que nadam contra um sistema que já é colocado, então é importante entender que todas as pessoas da comunidade viverem demandas, sentimentos delicados de dar conta, existem ainda lugares de privilégio, por exemplo, pessoas cis têm mais lugares de adequação do que pessoas transexuais”, relatou.
Apesar das maiores possibilidades de debater questões relacionadas a sexualidade no momento atual, o psicólogo lembra que as resistências também encontram campo para se manifestar. “Apesar de termos acessos mais fáceis a rede de saúde, existem outros atravessamentos, pois nem todo mundo consegue fazer terapia nem todo mundo consegue atendimento em unidades básicas de saúde, e fica difícil lidar com algumas coisas sem o suporte necessário”, declarou Anderson.
Origem da data
A instituição do 28 de junho como Dia do Orgulho LGBTQIA+ aconteceu a partir de um conflito entre policiais e manifestantes no ano de 1969 nos Estados Unidos. Um grupo de pessoas pedia liberdade para o funcionamento do clube gay Stonewall Inn, aberto em 1967, em New York. O clube sofria constantes batidas policiais, o que levou as pessoas a se manifestarem pelo seu direito de funcionamento.
