O B-R-O-Bró ainda nem começou e o Piauí já bateu o recorde de focos de incêndio em 2021. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de 1º de janeiro até 19 de agosto, foram registrados 3.165 focos em todo o estado, 125% a mais do que no mesmo período do ano passado.
De acordo com a séria histórica do Inpe, é o maior percentual registrado nos últimos 7 anos. Até então, o recorde estava com o ano de 2018, quando o Instituto mapeou 2.786 focos de incêndio no Piauí.
Com esse panorama, o Piauí ocupa a 9ª posição em queimadas entre todos os estados brasileiros. Só perde para Mato Grosso (10.198), Pará (7.695), Amazonas (6.623), Maranhão (5.772), Tocantins (5.667), Minas Gerais (3.640), Rondônia (3.607) e Bahia (3.589).
Já no Nordeste, o estado ocupa a 3ª posição em focos de incêndio, ficando atrás apenas do Maranhão e Bahia
Veja o ranking:
- Maranhão: 5.772
- Bahia: 3.589
- Piauí: 3.165
- Ceará: 433
- Pernambuco: 247
- Rio Grande do Norte: 170
- Alagoas: 117
- Paraíba: 110
- Sergipe: 110
No Piauí, segundo a Secretaria do Meio Ambiente, 100% dos incêndios têm relação direta com as ações tradicionais da população, como a queima do lixo e às atividade econômicas como a extração do mel e queima do terreno pelo pequeno agricultor. Orgão tem investido na captação de brigadistas.
Os municípios com maior média de incêndios são Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro, Floriano e Pimenteiras.
“Atualmente os municípios de Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Redenção do Gurguéia e Barras possuem brigadistas capacitados pela Semar para fazerem o trabalho de prevenção e combate aos incêndios. Nos últimos três anos a Semar capacitou mais de 150 pessoas. Em 2021, a previsão é de formação de mais de 120 pessoas entre os brigadistas e bombeiros civis com representação no Estado”, destaca Sádia Castro, Secretária do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado.
Hérlon Moraes
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