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Brasil ultrapassa 200 mil casos de Covid-19 sem perspectiva de estabilização

MAURO SCROBOGNA/LA PRESSE/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

O Brasil registrou 844 novas mortes por coronavírus e passou de 200 mil casos confirmados de Covid-19 sem uma perspectiva de estabilização na curva, segundo o Ministério da Saúde.

O total de óbitos desde o início da pandemia é 13.993.

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, o secretário substituto de vigilância em saúde da pasta, Eduardo Macário, disse que o país vive uma situação de alerta por conta da alta nos casos confirmados da Covid-19 e também dos óbitos.

“A principal mensagem é que ainda estamos em um momento de crescimento de casos. Não há nenhuma perspectiva nesse momento de estabilização ou até mesmo de diminuição”, disse Macário.

“O que nós temos talvez seja a redução da dinâmica da infecção, quando a gente compara, por exemplo, com os Estados Unidos, que teve um crescimento linear muito elevado”, completou.

Os cinco países com mais casos de Covid-19 são EUA (1,4 milhão), Rússia (252 mil), Reino Unido (234 mil), Espanha (229 mil) e Itália (223 mil). O Brasil vem em seguida, na sexta posição, com 202.918 casos no total.

Nos últimos dias, a média diária de mortes no país tem apresentado aumento. O recorde é de 881 mortes registradas em apenas um dia, de terça (12). Na sexta (8) foram 751 novas mortes por Covid-19 e, no sábado (9), 730 novos óbitos.

O número oficial de mortes cresce mais no Brasil do que na Europa. No Brasil, essa alta foi de 6,5% ao dia na sexta-feira (8), por exemplo. Em dia equivalente da epidemia na Itália, crescia a 3,1%. Há duas semanas, os ritmos dos dois países eram similares.

Representantes do Ministério da Saúde atribuem a situação tanto a uma maior transmissão da doença quanto a uma redução no número de testes represados.

Nesta quinta (14), o mundo ultrapassou a marca de 300 mil mortes pelo novo coronavírus em quatro meses -a primeira morte foi anunciada pelas autoridades da China, de onde o vírus é oriundo, em 11 de janeiro.

RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)