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Biólogo picoense descobre nova espécie de crustáceo terrestre e homenageia Piauí

Pesquisador Carlos Bezerra em seu trabalho de campo. Foto: arquivo do entrevistado

O biólogo picoense Carlos Bezerra – graduado pela Uespi e mestre pela UFPI – publicou recentemente artigo científico na revista internacional Zootaxa intitulado: “A new genus and two new species of Plantyarthridae Verhoeff, 1949 (Crustacea: Isopoda: Oniscidea) from Brazil” –  Um novo gênero e duas novas espécies de Plantyarthridae Verhoeff, 1949 (Crustacea: Isopoda: Oniscidea) do Brasil – onde trata sobre a descoberta das duas novas espécies de crustáceos terrestres, mais conhecidos como “tatuzinhos de jardim”.

Uma das espécies ele denominou de Paratrichorhina piauienses, homenageando o Piauí, a outra foi denominada de Paratrichorhina taitii, homenageando o renomado pesquisador Stefano Taiti. A publicação foi realizada em parceria com os pesquisadores Daniela Grangeiro e Lucas Lima.

Carlos Bezerra explica que os “tatuzinhos de jardim” são a única espécie de crustáceos a habitarem com sucesso o meio terrestre. Segundo o pesquisador, que é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação da UFPI-Floriano, essa é a primeira descrição de crustáceos totalmente brasileiros.

“É a primeira descrição de um grupo de crustáceos terrestres totalmente brasileiro, o gênero Paratrichorhina é atualmente o único grupo de tatuzinhos totalmente brasileiro. Além disso, são descritas essas duas novas espécies, sendo um novo registro de animais dentro da região conhecida como Neotropical”, explicou.

Carlos Bezerra destacou a necessidade de mais investimento na pesquisa na cidade de Picos, tendo em vista as suas inúmeras potencialidades.

“Picos é um município que é pouco explorado na pesquisa, não se conhece quase nada da fauna e flora picoense, mesmo tendo em sua área um grande potencial para novas descobertas. Meu desejo é que novas pesquisas sejam realizadas e novas espécies possam ser descobertas e descritas, isso contribui para a preservação da biodiversidade existente no município, pois só se preserva o que se conhece”, declarou.

O trabalho publicado por Carlos Bezerra faz parte do grupo GETOPI – Grupo de Estudos Taxonômicos nos Oniscidea do Piauí, coordenado pela Profa. Dra. Daniela Grangeiro do curso de Ciências Biológicas da UESPI de Picos.