O ato de barbárie praticado contra os sete filhotes de cachorro, que foram queimados vivos, no bairro Passagem das Pedras, em Picos, na noite da última segunda-feira (29), gerou uma onda de indignação entre a população picoense, autoridades e entidades que defendem a causa dos animais, todos condenando o crime e cobrando respostas.
Maus-tratos contra os animais de rua tem acontecido com frequência nas últimas semanas na cidade, além do aumento dos abandonos, como registrado pela ONG Amigos Protetores dos Animais de Picos (APAPI).
A ONG também está acompanhando o caso e seus representantes estiveram no local onde os filhotes foram mortos. A organização divulgou uma nota de repúdio e pede que as autoridades competentes efetuem as punições cabíveis.
“Diante dos últimos acontecimentos viemos a público declarar nossa solidariedade, cuidado e carinho a todos os animais. Aqui firmamos ainda mais o nosso compromisso em fortalecer a conscientização sobre maus-tratos e outros temas ligados a proteção animal, pedimos a todos que sejam vigilantes e atentos aos animais em situação de rua. Exigimos, que os órgãos competentes mantenham-se ativos e vigilantes. E que as devidas punições sejam efetuadas para que tais atos jamais venham a ser praticados novamente”.
A Lei n° 9.605/97, que trata sobre os Crimes Ambientais, estabelece punições para quem maltratar ou tirar a vida de animais, indo de multas a prisão.
O presidente da Câmara Municipal de Picos, vereador Hugo Victor (MDB), e os vereadores Wellington Dantas (PT), Valdívia Santos (PT) e Afonsinho (MDB), também divulgaram notas em que pedem a responsabilização do autor desse ato, além de destacar que o triste fato não pode ser esquecido para que jamais se repita.
A Prefeitura de Picos também se manifestou e informou, através de nota, que está averiguando o caso.
“A PMP ressalta que tomou conhecimento da situação através das redes sociais, mas que averiguará a denúncia pública, através da SEMAM, para que os atos de malvadez não fiquem impunes. A Prefeitura de Picos frisa que é contra qualquer forma de maus-tratos aos animais e está disposta a punir atos como esse. A missão da Semam é proteger o meio ambiente de forma geral, portanto, no uso de suas atribuições, não pode estar inerte diante da notoriedade do caso de maus-tratos”.
Resta saber se o crime será resolvido ou se ficará impune.
