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Advogada diz que “adora crime passional” e causa polêmica nas redes sociais

Élida Fabrícia

O post de uma advogada piauiense e conselheira federal da Ordem dos Advogados do Brasil tem gerado questionamentos. Em vídeo, publicado no Instagram, Élida Fabrícia disse que “adora um crime passional” e que “dia dos namorados combina com crime passional”.

No vídeo, de 0:45 segundos, a advogada tenta dar um tom engraçado.

“Dia dos namorados chegando e isso me faz lembrar aqueles gostinhos extravagantes da advogada criminalista. Eu adoro [ a gente pode falar isso?] um crime passional. Adoro quando chega aquele processo quentinho, gostosinho, bem formado com o crime passional. São os tipos de crimes mais interessantes para a gente trabalhar no Tribunal do Júri. Dia dos namorados combina com crime passional”, diz a advogada que termina o vídeo dizendo: “não faz isso, mas se fizer, me liga”.

O Tribunal do Júri é o órgão do poder judiciário que tem a competência para julgar os crimes dolosos, ou intencionais, contra a vida, como por exemplo, homicídio. Algumas horas após a repercussão negativa, o post foi deletado.

O Cidadeverde.com ligou para a advogada Élida Fabrícia, mas não obteve retorno, até o momento, das ligações e mensagens, e segue aberto para esclarecimentos.

Por meio de nota, a OAB Piauí se manifestou sobre e disse que o pensamento da advogada não corresponde com o da instituição, e que o caso será apurado:

Nota de esclarecimento

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, informa que o vídeo veiculado nas redes sociais pela Conselheira Federal Élida Fabrícia, não corresponde com o pensamento da instituição.

A instituição, através de todos os seus membros e membras, é reconhecida por trabalhar para combater as violências, especialmente a violência contra mulher infelizmente ainda tão frequente em nosso Estado.

A OAB-PI enfatiza que Advogados e Advogadas trabalham em função da Justiça no respeito aos direitos e são importantes atores na prevenção de crimes de maior proporção.

A OAB-PI informa que a Corregedoria da OAB-PI e o Tribunal de Ética darão ciência ao Conselho Federal, a quem compete apurar o caso.

A vereadora e procuradora da Mulher da Câmara Municipal de Teresina, Pollyana Rocha, também repudiou o vídeo e cobrou que a OAB-PI apure o caso.

Graciane Araújo
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