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Criança desaparece e pai faz buscas há nove dias no Rio Parnaíba

Foto: arquivo pessoal

Nove de angústia e desespero em busca do corpo do garoto Derick dos Santos Sousa, 11 anos, que desapareceu no Rio Parnaíba, na altura do povoado Piranhas, em Timon-MA. O menino sumiu no feriado de 07 de setembro enquanto brincava no rio e acabou desaparecendo nas águas. No dia, um amigo de 19 anos também entrou na água para salvá-lo, mas não conseguiu e morreu.

O corpo do amigo foi encontrado horas após o afogamento. Mas a criança ainda não foi localizada.

“Meu neto foi com a mãe e outros conhecidos para o rio e começou a brincar no raso. A mãe dele estava prestando atenção, chamava e ele sempre ia. Ela tinha levado o irmão dele que tem dois anos e estava dando comida pra ele. De repente, ela viu o Derick mais longe, chamou e ele sumiu na água. Ela entrou em desespero, Foi muito rápido”, conta a avó Rosa Maria Silva Brandão.

Ela conta que, desde então, os dias do pai de Derick , Francisco de Asssis Brandão Sousa, são no Rio Parnaíba na tentativa de encontrar a criança. Esta semana houve a ‘visita de sétimo dia’ no próprio rio.

“Meu filho só chora. Todo dia ele sai de manhã e só volta a noite procurando o filho. Mesmo sem dinheiro, conseguiu alugar uma lancha para procurar o filho porque as buscas dos bombeiros têm sido superficial. Acreditamos que o Derick esteja preso nos galhos de uma árvore lá perto onde ele sumiu, mas não temos como mergulhar. Os bombeiros ficaram de levar uma motosserra pra ver se ele tava lá, mas não levaram. Meu filho levou um facão e cortou alguns galhos para ver se achava, mas não tem como mergulhar”, conta a avó.

Os familiares relatam que o Corpo de Bombeiros de Timon tem auxiliado nas buscas, mas seriam apenas buscas superficiais.

“Eles disseram que não podem mergulhar assim, só quando tiver certeza do lugar que meu neto está. Eles estão ajudando, mas a gente queria que mergulhassem para achar meu neto. Só queremos que o corpo do Derick seja encontrado, para a família sepultar e ter um descanso. Estamos todos desesperados”, disse a avó.

O sargento Jorge Luis Sá de Ataíde, do Corpo de Bombeiros de Timon, explica que equipes estão acompanhando o caso e continuam fazendo buscas durante todo o dia. Segundo ele, foram feitos, pelo menos, quatro mergulhos.

“Fizemos buscas e mergulhamos nos dois primeiros dias. No 3º e 4º dias fizemos uma varredura porque é o período em que o corpo flutua. Depois disso, mergulhamos mais duas vezes, inclusive, hoje. Esse é o protocolo do Corpo de Bombeiros, pois após alguns dias do afogamento, o corpo submerge e o recomendado é fazer essa varredura por cima, procurar em galhos de árvores como estamos fazendo. Entendemos o sofrimento do pai e toda a família e temos nos esforçado ao máximo para encontrar essa criança. Vamos continuar as buscas, explica o sargento Ataíde alertando ainda que o rio é perigoso e as pessoas devem evitar entrar na água.

Graciane Sousa
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