Os vereadores Carlos Luís (PP) e Evandro Paturi (MDB) trocaram farpas na sessão realizada na Câmara Municipal de Picos na tarde da quinta-feira (27). Os dois vereadores se estranharam e foi preciso a intervenção do presidente do Legislativo, vereador Hugo Victor (MDB), para que a discussão tivesse fim, embora isso não signifique que as coisas tenham ficado bem. O bate-boca foi acalorado.
Ao usar a tribuna o vereador Evandro Paturi fez uma série de críticas ao prefeito de Picos, Pe. Walmir Lima (PT), apontando falhas na administração do município e equívocos recentes tornados públicos no Diário Oficial dos Municípios. O vereador disse que tentava não apontar os erros do Executivo, mas não conseguia evitar.
Logo ao terminar o seu pronunciamento, Paturi foi inquirido pelo vereador Carlos Luís perguntando se o parlamentar do MDB teria o mesmo senso crítico caso a esposa dele, Rosilene Monteiro, ainda ocupasse um cargo na atual administração do Município. Ela esteve no primeiro escalão da prefeitura entre 2015 e 2019. “O senhor diria mesma coisa se a sua esposa ainda fosse secretária de Educação?”, perguntou o vereador do PP.
Ao responder a pergunta, Evandro Paturi evocou a memória do ex-governador do Piauí e ex-senador, Helvídio Nunes de Barros, de quem Carlos Luís é filho. “O seu pai teria vergonha do senhor”, declarou.
Carlos Luís retrucou que o ex-senador tinha muito orgulho dele e acusou o Mdebista de incoerência em seu pronunciamento cobrando ética da gestão que apoiou até recentemente. Ao passo que Paturi disse que Carlos Luís queria terminar o mandato como um “principezinho”. Ambos ainda questionaram a idoneidade moral um do outro.
A discussão só teve fim com o presidente da Câmara que determinou o desligamento do microfone de ambos.
