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Picos registrou 1518 demissões no primeiro semestre de 2020

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foram registradas 1518 demissões em Picos no primeiro semestre de 2020, quando a maioria das empresas estavam fechadas em obediência aos decretos municipais e estaduais que haviam estabelecido o isolamento social como forma proteção contra o coronavírus. Em contrapartida o cadastro aponta a admissão de 1395 trabalhadores, resultado em um saldo negativo de 123 desligamentos. Ressaltando que os números correspondem a empregos formais, com carteira assinada.

Sempre que uma empresa demite ou contrata um trabalhador, tem de informar ao governo federal. Esse dado fica registrado no CAGED de onde é possível realizar estudos, pesquisas, projetos e saber a situação do trabalho no país. Os dados são atualizados todos os meses.

Baseando-se em entrevistas realizadas anteriormente com comerciantes aqui da cidade, foi possível saber que o número de demissões só não foi maior porque os empregadores adotaram estratégias como férias coletivas e suspensão dos contratos de trabalho, garantindo ao empregado o auxílio fornecido pelo governo federal.

Em publicação verificada no Diário Oficial da União na segunda-feira (24) o governo federal anunciou que prorrogou por mais dois meses os acordos de redução da jornada de trabalho, o que deve evitar mais emissões.

Marcos Holanda. Foto: Andreia Monteiro

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio em Picos (SINTRACS), Marcos Holanda, comemora a prorrogação dos contratos. “Foi muito bom, porque vai manter o empregado com essa medida de suspensão de contrato, pois o governo paga um salário e a empresa paga a outra parte, e isso tem segurado muitas demissões”, declarou.

Segundo o sindicalista o segmento de roupas e calçados foi bastante afetado pela crise provocada pelo coronavírus.