Entre Abril e o último dia 21 de Agosto, cerca de 207 mil contratos de trabalho foram suspensos ou reduzidos no Piauí, através do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, instituído pelo Governo Federal através da Medida Provisória 936. Os dados são da Secretaria Especial do Trabalho do Ministério da Economia.
Até o momento, o Piauí já registra 110.662 suspensões temporárias de contrato de trabalho, quando o empregado passa a receber exclusivamente o Benefício Emergencial pago pelo Governo Federal.
O Estado do Piauí também registra 11.981 acordos de redução de 25% de jornada de trabalho e salário; 25.656 reduções de 50% de jornada e salário; e outros 58.283 acordos firmados para redução de até 70% na jornada de trabalho. Além disso, outros 1.194 acordos foram firmados com empregados que possuem jornada de trabalho intermitente.
Na avaliação do superintendente regional do Trabalho no Piauí, Philipe Salha, os números de suspensões e reduções de contratos são positivos, pois demonstram que, mesmo em meio a crise ocasionada pela Covid-19, o Estado conseguiu preservar postos de trabalho.
“É um número astronômico para o Estado do Piauí. Foi uma solução encontrada pelo Governo Federal que preservou muitos empregos, e continua preservando”, destaca o superintendente.
Prorrogação
Nesta segunda-feira (24), o Governo Federal publicou o decreto que prorroga por mais dois meses os prazos para a celebração de acordos de redução proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho. Com o novo decreto, os acordos agora podem ser celebrados por até 180 dias, limitados à duração do estado de calamidade pública.
No Piauí, apesar da prorrogação, o superintendente regional do Trabalho não acredita em um crescimento no número de acordos firmados. Segundo ele, a tendência de melhoria da economia, já observada através dos dados recentes do Caged, deve possibilitar o aumento do número de vagas de trabalho criadas e retomadas.
“Já estamos com a retomada da economia. Os números do Caged mostram que as empresas começaram a recontratar, como é o caso da construção civil. Assim como a construção civil, acredito que vamos ter, em agosto e setembro a retomada dos empregos no comércio e nas áreas de serviços”, avalia Philipe Salha.
Natanael Souza
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