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Com reabertura do comércio, Piauí mantém estável taxa de transmissibilidade do coronavírus

A nova pesquisa sorológica sobre a Covid-19 do Governo do Piauí confirma que a taxa de transmissibilidade do novo coronavírus no Piauí se manteve estável com a reabertura dos setores da economia no mês de agosto. A taxa de transmissibilidade entre os dias 04 e 08 de agosto ficou em 0,74; o mesmo índice registrado entre os dias 15 e 18 de julho.

De acordo com o novo relatório, “cada 100 infectados repassava o vírus para outras 74 pessoas. O índice é o menor já registrado no Piauí”. A pesquisa realizada em agosto foi encomendada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) ao Instituto Piauiense de Opinião Pública (Amostragem).

O Governo do Piauí destaca que “desde o último inquérito soroepidemiológico, realizado entre os dias 15 e 18 de julho, no qual apresentou redução de 0,87 para 0,74; a taxa permaneceu no mesmo patamar, mesmo com a flexibilização das atividades econômicas, o que mostra que o Piauí teve sucesso na reabertura”.

Cautela

De acordo com a pesquisadora Ester Miranda, responsável pelo inquérito epidemiológico do Piauí, é preciso ter cautela mesmo com a evidente estabilidade da transmissão da doença no estado. Ester Miranda ressalta que cada município possui uma realidade diferente com o vírus; a estabilidade apresentada pela pesquisa está voltada ao cenário geral do estado.

“Estamos em um ótimo caminho, mas ainda é necessário ter cautela, pois essa é uma taxa geral do estado, cada município tem uma situação diferente e alguns começaram a aumentar o índice de transmissibilidade”, explica a pesquisadora, que é doutora em Biotecnologia.

O Governo do Estado elenca “os cinco municípios piauienses que registraram o maior índice de transmissibilidade (R0):

1º lugar: Picos, com R0 1,25
2º lugar: Uruçuí, com R0 1,12
3º lugar: Oeiras, com R0 1,08
4º lugar: Floriano, com R0 1,02
5º lugar: Parnaíba, com R0 0,85.

Com base nos dados, a pesquisadora acrescenta que o “momento é de atenção redobrada para o sul do estado, intensificando o Programa Busca Ativa para rastrear os infestantes e assim diminuir o R0, além de intensificar também a fiscalização da Vigilância Sanitária nas atividades que voltaram a funcionar”.

Carlienne Carpaso
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