Por Maria Hilda/Estagiária
Atualmente o trabalho de atendente de delivery é um dos que mais crescem devido a pandemia, esse tipo de serviço está sendo de grande valia para boa parte da população de Picos, que faz seus pedidos através dos aplicativos, principalmente no ramo de alimentação, embora englobe outros setores também. Restaurantes, pizzarias, lanchonetes tiveram de buscar alternativas para continuar no mercado e encontraram nos motoboys uma parceria duradoura. Contudo, a vida desses profissionais que sobrevivem sobre duas rodas é desafiadora, cheia de perigos e perrengues.
Camilo costa, 26 anos, trabalha como motoboy há pouco mais de um ano. Ele relata os desafios enfrentados na profissão, que vão desde ter que fazer as entregas rapidamente até a falta de educação no trânsito local.
“Pressão pra entregar rápido e não se envolver em acidentes, e a falta de educação no trânsito por conta de outros motoristas. Na minha opinião acho que é uma cultura de Picos, os clientes não querem pagar taxa de entrega, acham caro, consequentemente o empresário tem que tirar o valor de cada entrega em cima do produto vendido e se o produto for caro ele não vende muito, consequentemente influe nos ganhos do motoboy”, relata.
Essa nova profissão também é muito arriscada, pois os entregadores passam horas e horas nas ruas tentando cumprir com rapidez as necessidades das empresas de satisfazer seus clientes, dessa forma quanto mais realizam entregas, maior será o ganho no final do dia.
Como são os clientes locais?
Temos acompanhado nos últimos dias casos de preconceito contra entregadores de delivery, que ganharam repercussão na mídia nacional por retratarem o racismo de algumas pessoas.
Felizmente, Camilo percebe que na cidade de Picos os entregadores são bem vistos. “Ultimamente até que as pessoas tem admirado nosso trabalho por conta de estarmos segurando a peteca em tempo de pandemia”, comenta.
Como toda e qualquer outra profissão os motoboys também têm seus desafios, não apenas por se tratar do período que estamos passando devido a pandemia, mas para garantir seus direitos. Portanto, as empresas que utilizam desses serviços devem garantir a seus funcionários (colaboradores) condições dignas de trabalho.