A Universidade Federal do Piauí (UFPI) promoveu nesta semana duas reuniões para debater a retomada das aulas, que podem acontecer de forma remota, uma vez que a pandemia do coronavírus não tem dado trégua. Contudo, devido a grande demanda de acadêmicos em todo o estado, tem sido difícil chegar a um consenso. Muitos demonstram preocupação quanto a impossibilidade dos estudantes das graduações, ou pelo menos um número considerável, não conseguirem acompanhar as aulas através da internet.
A primeira reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPI (CEPEX) aconteceu na quinta-feira (09), quando se discutiu a retomada das aulas de forma remota, mas os estudantes que integram o conselho pediram “vista” do processo, que foi acatado pelo reitor Prof. Dr. Arimateia Dantas, conforme prevê o regimento.
O novo encontro (virtual) deveria acontecer na próxima semana, mas foi antecipado para a sexta-feira (10). Durante o debate, uma professora pediu a mudança do calendário acadêmico, com isso, uma nova reunião será realizada na segunda-feira (13). Destaca-se que esses encontros duram horas, uma vez que há uma defesa da possibilidade de retomada ou não das aulas remotamente.
O reitor Araimateia Dantas suspendeu o calendário acadêmico da UFPI no dia 02 de abril, quando a crise do coronavírus chegou ao Brasil. A expectativa dele e de todos era de que as aulas retornassem quando o vírus deixasse de ser uma ameaça à saúde das pessoas, mas desde então, o quadro só tem se agravado, o que torna inviável os encontros presenciais. O Piauí já registra 32 mil casos de pessoas infectadas pelo coronavírus e 900 mortos.
Nesta semana o governador Wellington Das (PT) baixou um novo decreto estendendo a suspensão das aulas em todas as instituições de ensino, públicas e privadas, até 22 de setembro.
Apenas em Picos a UFPI atende a 3.154 acadêmicos, no Piauí esse número chega a 30 mil.
