A Universidade Federal do Piauí (Ufpi) tem até o dia 18 de setembro para enviar ao Governo Federal a lista tríplice contendo os nomes votados pela comunidade acadêmica para assumirem o cargo a reitoria e vice-reitoria da instituição. A consulta acadêmica foi realizada no dia 15 de maio e a Chapa 2, encabeçada pelos professores Nadir Nogueira e Edmilson Miranda foi a mais votada, tendo recebido 7.101 votos (48,02% do total).
O processo para a escolha dos novos reitor e vice-reitor da UFPI ocorre em quatro etapas A primeira foi a consulta acadêmica, na qual professores, alunos e técnicos-administrativos votaram para escolher quem gostariam que assumisse a administração superior. Esta primeira fase não é a eleição propriamente dita, mas seu resultado subsidia o Colégio Eleitoral, que é quem vota a lista tríplice.
A segunda etapa consiste na homologação pelo Conselho Universitário (Consun) do resultado da consulta à comunidade acadêmica. Esta fase ocorreu no último dia 26 de junho, mais de um mês após a votação. O Consun se reuniu e homologou os nomes de Nadir Nogueira e Edmilson Miranda em primeiro lugar na consulta universitária.
A terceira etapa da eleição para reitor da UFPI consiste na votação pelo Conselho Universitário para a formação da lista tríplice. Uma vez formada a lista, será produzido um relatório que será encaminhado para o Governo Federal para que seja escolhido o novo reitor. Quem faz esta escolha é o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Mas há prazos: a UFPI tem até o dia 18 de setembro para enviar esta lista tríplice ao Ministério da Educação para que ela seja apreciada pelo chefe do Executivo Nacional.
Em entrevista à FM O Dia nesta quinta-feira (11), a professora Nadir Nogueira explicou que sua equipe terá cerca de dois meses para fazer a transição de gestão e disse que o tempo é apertado para se inteirar da atual situação da universidade. “O Consun ainda não foi convocado para votar a lista tríplice. Esperamos que até setembro esta lista esteja no MEC, porque o mandato do atual reitor encerra no dia 20 de novembro e é importante que tenhamos tempo de nos inteirar de tudo que está acontecendo na universidade, formar uma equipe de transição para fazermos este processo de forma dialógica e respeitável”, explicou Nadir.
Dentre os pontos que serão contemplados na transição ela destacou a questão orçamentária, projetos e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). O orçamento, segundo Nadir, é considerado uma das questões mais delicadas. O Governo Federal sinalizou a liberação de mais de R$ 5 bilhões para as universidades federais por meio do Novo PAC, mas o valor, de acordo com a professora, se torna pouco quando distribuído entre as 69 universidades federais do país. A questão orçamentária é o principal desafio para a nova gestão da UFPI, conforme afirma Nadir.
“Precisamos de um orçamento robusto para conseguirmos melhorar a questão da tecnologia dentro da nossa universidade, a segurança e a prestação da assistência estudantil com a construção da quarta unidade do Restaurante Universitário no campus de Teresina, além do incentivo ao tripé principal da universidade: o ensino, pesquisa e extensão”, afirma Nadir. A professora destacou que a UFPI precisa se atualizar e atualizar os currículos de seus cursos para acompanhar as novas demandas do mercado de trabalho e as mudanças tecnológicas vigentes.
A reitora eleita da UFPI cobrou do Governo do Estado e da Prefeitura de Teresina coparticipação na melhoria da segurança no campus da capital e reiterou que a busca por parcerias deverá ser uma das prioridades da gestão. “A universidade vai caminhar junto com o governo para avançar na inovação. Inovação é o coração da universidade e para isso iremos buscar emendas parlamentares, parcerias com o Estado, a iniciativa privada. Não podemos ficar dependendo somente do governo federal para recompor o orçamento”, finalizou Nadir.
Fonte: portalodia.com