Wanantha Borges/Estagiária
O período de isolamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, levou as pessoas a terem suas rotinas alteradas. Hábitos simples, como ir ao mercado, cumprimentar alguém na rua com um aperto de mão ou abraço, passear, dentre outros, já não são recomendados, como forma de tentar frear o avanço da Covid-19. Essa situação leva a população a se adaptar a um novo cotidiano voltado a práticas desenvolvidas somente em casa, sem aglomerações e sem a realização de atividades que antes eram constantemente praticadas.
Diante desse cenário, o Boletim do Sertão conversou com alguns estudantes para saber sobre o que eles estão sentindo mais saudades desde o início do isolamento social.
A estudante de Jornalismo, Tainara Sousa, de 21anos, diz que nesse período as pessoas estão cada vez mais se sentindo presas a uma nova realidade, o que implica na execução de atividades rotineiras.
“Eu sinto falta de encontrar os amigos, ver a família, ir a igreja, ir na faculdade, viver sem medo de sair de casa. O isolamento aprisiona as pessoas e tira a liberdade de fazer o que antes elas faziam normalmente. Acho que todos nós sentimos falta das nossas rotinas e de sair sem medo de pegar o vírus”, destaca a estudante.
A pandemia traz uma preocupação coletiva por parte de todos os cidadãos, visto que se trata de um problema mundial, obrigando todas as pessoas a mudar seus hábitos. O estudante de direito, Luís Gustavo, destaca que sente falta do contato com as pessoas.
“Todos tínhamos uma rotina, ou ainda alguns hábitos que foram impossibilitados devido ao isolamento. Particularmente, sinto saudade da minha antiga rotina. Fora as atividades que iam surgindo durante o dia. Ia para a academia normalmente, depois ia a faculdade, onde a atenção e o foco era mais fácil e consequentemente o nosso rendimento acadêmico era maior. Também sinto falta dos momentos de lazer, como me reunir com os amigos, jogar futebol, sair para comer fora, ir à missa, dentre diversos outros hábitos que foram impossibilitados, como o fato de não estar sempre preocupado com as pessoas que amo, devido a possibilidade de a qualquer momento o vírus poder contaminá-las”, ressalta Luís.
Já para a estudante de enfermagem, Clarisse Cavalcante, de 22 anos, uma das coisas que mais lhe causam saudade é a rotina acadêmica, que de certa forma está parada.
“Sinto mais falta da vida acadêmica de modo geral. É até estranho mais sinto muito falta dos estágios, apesar de serem bastantes cansativos, era lá que me sentia cada vez mais perto de realizar um grande sonho. Sinto falta de cada aprendizado repassado não só pelos professores mas também pelo convívio com os pacientes. E logo agora que estava quase na reta final do curso, tinha cada plano e me vejo de mãos atadas sem ter pra onde fugir, vejo que a sociedade precisa tanto de todos nós profissionais da saúde e sinto como se todos os anos da minha vida acadêmica não tivessem servido de certa forma, por não poder ajudar o próximo logo agora que eles mais precisam”, destaca Clarisse.