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Picos: projeto “Agroecologia na rede” compartilha histórias com crianças e adolescentes por meio das redes sociais

Divulgação

Com a preocupação de coibir os efeitos psicológicos negativos do isolamento social, causado pela pandemia da Covid-19, nas crianças e adolescentes das escolas do campo do Semiárido, o programa de extensão “Agroecologia e Educação Ambiental: diálogos entre Universidade e Escola para convivência com o semiárido”, em Picos, desenvolve o projeto “Agroecologia na rede: histórias agroecológicas”. As professoras do curso de Licenciatura em Educação do Campo/Picos, Juliana Bendini e Michelli Ferreira estão à frente desta ação como coordenadora e vice-coordenadora, respectivamente.

As histórias têm como temática as questões ambientais do meio rural, focadas especificamente na Caatinga. Essa iniciativa visa garantir conforto aos alunos durante esse período de pandemia por meio de histórias que são compartilhadas via whatsapp com os pais para que possam reproduzir aos filhos. O projeto tem três linhas de atuação: as histórias com as crianças, a divulgação dos informativos e os vídeos. A coordenadora, Profa. Dra. Juliana Bendini , reforça que a campanha tem como objetivo divulgar a agroecologia por meio das redes sociais.

“Como as crianças e jovens do campo também estão isolados e, provavelmente, sentindo o estresse psíquico da quarentena, imaginamos que os pais também. Estamos levando essas histórias para que eles possam se distrair e aprender”, explica. Ela ainda destaca que antes recebiam alunos de Picos e região para visitar os projetos que são desenvolvidos. “Mas, com a quarentena, fechamos as visitas. Obviamente, pausamos tudo. Essa campanha tem em uma de suas frentes a interação com o nosso público infantil e de adolescentes das escolas do campo do Semiárido. Foi daí que surgiu a ação histórias agroecológicas”, pontua a coordenadora.

O compartilhamento das histórias iniciou há uma semana e os muncípios que são alcançados com a ação são Picos, Vera Mendes, Itainópolis, Patos do Piauí, Massapê do Piauí, São João da Varjota e Alagoinha do Piauí. A Profa. Juliana ainda compartilha que a inspiração para o projeto veio da ação de um professora da UESPI. “A Profa. Rebeca Hennemann coordena o projeto “Conte para alguém: histórias para ouvir em casa”. Nossos projetos são irmãos e o diferencial é que o nosso tem essa pegada agroecológica”, declara.

As histórias são gravadas pelos alunos do Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense (GEASPI). “São eles quem gravam tudo. Eu montei um grupo com minhas ex-alunas do curso de Licenciatura em Educação do Campo. Hoje elas são professoras das escolas do campo em Massape do Piauí, Itainópolis, Vera Mendes e Patos do Piauí. Elas ajudam a intermediar a ação”, destaca a coordenadora.

Sobre o programa

O programa de extensão tem como local de desenvolvimento das ações o e-Casa (espaço de Convivência com o Ambiente Semiárido), no campus de Picos. Funciona há 3 anos e já recebeu umas 600 crianças e adolescentes da rede de ensino de Picos e região. Lá, os alunos visitam os projetos: botânica em 5 sentidos , meliponario didático (criação de abelhas sem ferrão), viveiro de mudas de sementes crioulas, arraial das abelhas solitárias e a horta orgânica.

Fonte: UFPI