Os garis são profissionais essenciais na nossa cidade, são eles que mantêm a cidade limpa, atuam em diversas atividades: desde a varrição, coleta de lixos, capina nas ruas e até com recolhimento de entulhos. A participação desses profissionais se tornou ainda mais importante nesse período pandêmico, pois atuaram na linha de frente no que tange a limpeza pública.
Há 29 anos, Girlene Maria Santos Cântideo, trabalha como gari. Já passou por muitos desafios familiares, mas, segundo Girlene, nunca desistiu de sonhar. A felicidade é esplêndida no rosto da gari, mostrando a coragem e entusiasmo ao trabalhar.
“A motivação do meu serviço é que criei meus filhos, eu gostei muito de trabalhar com essa turma maravilhosa. Quando me separei do meu marido há 32 anos, aí me perguntaram: Você aguenta varrer a rua? Aí eu disse: aguento! Muito bom, eu varro a casa, varro o terreiro. Aí eu imagino a rua como meu lar e acho muito bom”, explana Girlene.
A gari tem muitas histórias vivenciadas, lembra de uma que, ao contar, sempre sorri. “Uma vez, eu estava varrendo, aí uma menininha gritou: mamãe, lá vem a lixeira, aí eu falei: minha filha, lá no teu banheiro tem um baldinho? Aí ela falou: tem! Eu disse: A lixeira é aquela, eu sou a zeladora da rua. Ai, a mãe dela veio e disse: minha filha, esta é a zeladora da rua, devemos cooperar. Daí ela pegou o papel e colocou na cesta de lixo. Muitas vezes, a gente varre aí jogam o lixo, então, a gente explica que tem que ajudar, as pessoas que já expliquei todas entenderam”, disse a gari.
Amanço Ibiapino Marcos da Silva Junior, conhecido pelos colegas por Juninho. Trabalha como gari há 10 anos, iniciou bem jovem, aos 18. Um menino que logo cedo decidiu trabalhar como gari, exercendo a profissão. “Sempre tive vontade de trabalhar. No começo, quando eu entrei, não tinha muitos coletores na época, trabalhei no caminhão aberto e trabalhei na capina, mais ou menos uma semana, o resto trabalhei nos coletores mesmo” disse Juninho.
O gari relata uma experiência marcante que ocorreu com ele no momento de trabalho. “Fui pular do coletor para pegar uma sacola, e, ao atravessar a rua, pulei sem ver. O rapaz vinha de carro e, graças a Deus, ele vinha devagarzinho. E então ele parou e me socorreu, me levando para o hospital e ficando lá até eu receber alta”, falou Juninho.
Ser gari, além do trabalho exaustivo, existem outros desafios que se encontram pelo caminho. “Essa rota da madrugada é melhor do que cedo. Por conta que durante o dia, o trânsito é muito grande e perigoso. Temos que ter cuidado no dia-a-dia, o pessoal dos veículos não compreende nosso trabalho”, finaliza o profissional.
Seja varrendo a rua ou coletando lixos, capinando, removendo os entulhos. São mãos que contribuem com a limpeza da nossa cidade. É graças a eles, que todos os dias, toneladas de lixo são removidas.
CCOM – PMP
Por: Maria Hilda