O Corpo de Bombeiros já capturou 56 animais silvestres na zona urbana de Picos apenas em 2020, o que representa um aumento de 15% com relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o comandante da unidade, tenente Hamilton, o tempo chuvoso se torna propício para que os animais busquem abrigo nas proximidade das residências.
O comandante também atribui o aumento das capturas a conscientização da população que está ligando mais para que os bombeiros façam o resgate dos animais. Dentre as capturas destacam-se cobras e jacarés. “Eles procuram abrigo quente e seco, e as pessoas estão ligando mais graças às mídias, muito atuantes aqui em na região”, comentou.
O descarte desorganizado de material orgânico também contribui para que os animais se aproximem das residências. O tenente Hamilton frisou que nesse período de quarentena, em que as pessoas estão ficando mais tempo em casa, é comum que os animais apareçam com mais frequência nas vias públicas.
Uma imagem divulgada pela internet recentemente mostra um jacaré na calçada da Av. Beira Rio de Picos. Como a movimentação de pessoas diminuiu, o réptil teria se sentido seguro para sair além das margens do rio, onde habitam. Outras imagens divulgadas posteriormente dão conta de que ele teria sido covardemente morto.
O biólogo Fabrício Sousa informou ao Boletim do Sertão que existe um trabalho científico realizado pelo acadêmico de biologia chamado Ronildo. Nesse texto, que possui algumas imagens, o estudante catalogou espécies de anfíbios e répteis aqui de Picos. Apenas uma espécie de crocodiliano foi registrada, o chamado jacaré-anão (Paleosuchus Palpebrosus).
Fabrício informou que essa espécie atinge 1,5 metro de comprimento, o que o torna inofensivo ao ser humano e aumenta a covardia de matá-lo. A Legislação Ambiental do Município de Picos especifica que é crime caçar e matar animais silvestres, estabelecendo multas para os infratores.